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Itapema FM  | 28/03/2014 15h12min

Após sucesso como produtor, Pharrell Williams brilha como superstar

Músico que redefiniu a música pop faz sucesso com seu primeiro álbum

Gustavo Brigatti  |  gustavo.brigatti@zerohora.com.br

Pense em um hit pop, do tipo que tocou sem parar no rádio e na televisão, na década passada. As chances de ter o dedo (ou a voz, ou ambos) de Pharrell Williams são grandes. Se esse tempo for reduzido para os últimos dois anos, a probabilidade vira quase uma certeza.

De rappers do primeiro time a estrelas em ascensão, Pharrel tem feito a alegria de quase todo mundo. Agora chegou a vez dele.

Natural de Virginia Beach, costa leste norte-americana, Pharrell passou os últimos 20 anos transitando nas paradas de sucesso – às vezes, com seu parceiro Chad Hugo, formando o duo The Neptunes, às vezes sozinho –, mas sempre como coadjuvante. Um coadjuvante de luxo, claro, do tipo que é acionado especialmente quando um determinado artista precisa se renovar.

Foi assim no início dos anos 2000, quando Pharrell repaginou a carreira de Britney Spears e Justin Timberlake. E também em 2012 e 2013, com Robin Thicke, Frank Ocean e Miley Cyrus. Ao mesmo tempo em que empilhava um hit em cima do outro, ele aperfeiçoava seu estilo. Com a mão leve, desenvolveu um trabalho minimalista, limpo, cruzando influências da música negra norte-americana dos anos 1960 e 70 – em especial o som da Motown – com o eletrônico e o hip-hop.

Depois de alugar (e testar) esse processo para os outros, Pharrell aplicou em si mesmo – e deu certo. Tema do filme Meu Malvado Favorito 2 (2013) e primeiro single de GIRL (seu segundo trabalho solo, lançado em 3 de março lá fora), Happy é uma pérola pop perfeita. Composta por um coro de vozes que canta sobre bater palmas para o que lhe faz feliz, acompanhado de bateria eletrônica e uma camada de sintetizadores, a canção não teve dificuldades para subir nas paradas de sucesso – onde permanece desde que foi lançada, em novembro do ano passado.

Considerada pela Rolling Stone americana um hit instantâneo, Happy acabou indicada ao Oscar de melhor canção original e ganhou o direito de ser apresentada ao vivo durante a cerimônia de entrega das estatuetas – que Pharrell não levou, mas botou Meryl Streep, Lupita Nyong'o e Amy Adams para dançar. Dias atrás, foi interpretada por Gwyneth Paltrow no episódio número cem de Glee e usada pela ONU para o seu Dia Internacional da Felicidade, além de ser a trilha do vídeo Porto (un)Happy, o viral da semana na capital gaúcha.

E vem mais por aí. Em nota divulgada para a imprensa no fim de 2013, Rob Stringer, CEO da Columbia Records, disse que Happy era apenas o começo dos vários coelhos que Pharrell tiraria de seu chapéu:

– Ele redefiniu a música pop no ano passado. Agora, estamos preparando Pharrell para ser um superstar ao longo deste ano.

Em algum lugar, Pharrell deve estar batendo palmas.

:: QUATRO MÚSICAS PARA ENTENDER PHARRELL

I'M A SLAVE 4 YOU

> Em parceria com o amigo de infância Chad Hugo, Pharrell Williams escreveu e produziu a canção que mostrou que Britney Spears não era mais uma colegial de coração partido. Carro-chefe do disco Britney (2001), I'm a Slave 4 U apresenta o estilo "menos é mais" de Pharrell. Os timbres que parecem derreter e o vocal sussurrado deram a ele o primeiro número 1 nas paradas.

LIKE I LOVE YOU

> Para provar que era mais do que um rostinho bonito do 'N Sync, Justin Timberlake entregou a Pharrell sua estreia solo. Praticamente todo escrito e produzido por Pharrell, Justified pegou influências dos anos 1970 e 80, especialmente Michael Jackson e Prince. Além dos Grammy de melhor álbum vocal pop e melhor vocal pop masculino (para Timberlake), deu a Pharrell o prêmio de produtor do ano — que ele ganharia de novo em 2014.

DROP IT LIKE IT'S HOT

> Contrariando a cartilha dos raps hiperproduzidos do início dos anos 2000, Pharrell se juntou a Snoop Dogg para uma faixa minimalista. Lançada no final de 2004, Drop It Like It's Hot é composta por nada além de bateria eletrônica, estalar de língua e um sintetizador acolá. Êxito completo: levou Dogg ao topo das paradas, lugar que não ocupava há mais de 10 anos, e foi eleito o rap da década pela Billboard.

GET LUCKY

> Pharrell já havia trabalhado com o Daft Punk em 2002, num remix para Harder, Better, Faster, Stronger. Em 2013, escreveu com os robôs uma das maiores canções pop da década. Com baixo funkeado, bateria cheia de groove e uma guitarra disco cortesia de Nile Rodgers, Get Lucky e o disco Random Access Memories deram ao Daft Punk cinco Grammy — e mais um troféu de produtor do ano para Pharrell.

::Assista ao clipe de Happy:


:: Veja a performance do músico ao lado do Daft Punk e Stevie Wonder no Grammy 2014:

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