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Itapema FM  | 09/03/2014 22h28min

Ator gaúcho Miguel Ramos morre, aos 66 anos, em Porto Alegre

Sua premiada trajetória foi marcada no teatro, no cinema e na TV

Atualizada às 23h26min

Ator conhecido por trabalhos no teatro, no cinema e na TV, Miguel Ramos morreu na noite deste domingo (9/3), aos 66 anos, na UTI do hospital São Lucas da PUCRS, em Porto Alegre.

Desde maio do ano passado, ele realizava tratamento para um mieloma múltiplo, um câncer na medula óssea, e se submeteria a um autotransplante.

O velório será nesta segunda-feira (10/3), das 9h às 18h, no palco do Teatro Renascença. Depois, o corpo será levado para cremação. As cinzas serão transferidas para Uruguaiana, sua cidade natal, onde haverá um enterro simbólico.

Recentemente, Ramos integrou o elenco do filme O Tempo e o Vento (2013), de Jayme Monjardim, baseado na saga de Erico Verissimo. Em 2009, ganhou o kikito de melhor ator, no Festival de Gramado, por sua participação no curta A Invasão do Alegrete, dirigido por Diego Müller.

A carreira cinematográfica também contou com atuações em Cerro do Jarau (2005), de Beto Souza (que valeu a Ramos o kikito de melhor ator coadjuvante em Gramado); Concerto Campestre (2004), de Henrique de Freitas Lima, baseado no romance de Luiz Antonio de Assis Brasil; Netto Perde sua Alma (2001), de Tabajara Ruas e Beto Souza, entre outros títulos. Em 2003, participou da série de TV A Casa das Sete Mulheres, baseada no romance de Leticia Wierzchowski.

O ator teve uma importante trajetória no teatro. Começou nos anos 1970, no Teatro de Arena de Porto Alegre, destacado grupo de resistência cultural à ditadura militar, sob direção de Jairo de Andrade. Participou de espetáculos como Mockinpott (1975) e Jornada de um Imbecil até o Entendimento (1978). Em 1990, ganhou o prêmio Açorianos de Teatro por Informação para uma Academia, adaptação de texto de Kafka. Em 2007, depois de 15 anos afastado dos palcos, estrelou a comédia O Conselheiro, com direção de Michele Caetano.

— Era um ator intenso, que tinha um trabalho de criação de personagens muito forte. Era um grande ator – afirma o diretor e ator Dilmar Messias, que trabalhou com ele em peças como Faça-se a Luz para o Esclarecimento do Povo (1979), com textos de Bertolt Brecht.

Miguel Ramos também foi vereador e secretário de Cultura de Uruguaiana.

Ele deixa a esposa, a atriz e diretora Clênia Teixeira, com quem foi casado por 38 anos.

ZERO HORA
Emílio Pedroso / Agencia RBS

Ator atuou no filme "O Tempo e o Vento", em 2013
Foto:  Emílio Pedroso  /  Agencia RBS


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