De todos os personagens clássicos da literatura fantástica, poucos devem sofrer tanto como o Drácula de Bram Stoker. Desde que foi eternizado no romance homônimo de 1897, o maior de todos os sugadores de sangue já ganhou um sem-número de adaptações para todas as plataformas existentes. Uma das mais recentes  estreia na quinta-feira (13/03), às 22h, no Universal.

Da obra original de Stoker, pouca coisa foi salva – além do nome, talvez. Em Drácula, a série de TV, o vampirão interpretado por Jonathan Rhys Meyers (o Rei Henrique VIII de The Tudors) é revivido após anos mantido sob animação suspensa, numa catacumba em sua Romênia natal. Mas, banho tomado e bigodinho desenhado, ele logo trata de abandonar seu velho castelo nos Cárpatos e se estabelecer em Londres como Alexander Grayson, um empresário norte-americano do ramo de tecnologia.

Drácula não troca apenas de endereço e identidade. Em sua apresentação à alta sociedade, o vampiro-coxinha deixa claro que tem outros interesses além de beber o sangue dos londrinos: ele quer destruir o monopólio dos barões da energia, oferecendo uma alternativa de abastecimento eficaz e barata. E o faz demonstrando uma espécie de fornecimento de eletricidade sem fio, comovendo a todos.

As licenças poéticas em Drácula não param na invenção dessa espécie de wi-fi da era vitoriana. O herói da trama, o então corretor de imóveis Jonathan Harker (Oliver Jackson-Cohen), virou um jornalista algo paspalhão, enquanto sua noiva, Mina (Jessica De Gouw), deixou de ser uma típica dama da sociedade inglesa para se tornar uma impetuosa estudante de Medicina e discípula do caçador de monstros Abraham Van Helsing (Thomas Kretschmann) – agora um inusitadíssimo aliado de Drácula.

Além da turminha do barulho que vai aprontar muitas confusões pelas catacumbas da Londres do século 19, está na mira de Drácula uma antiga ordem secreta que, além de dominar o mundo há séculos, quer vê-lo definitivamente com a boca cheia de formigas ao invés do sangue alheio. Ou seja, dá para esperar muita luta de espada, perseguições em carruagens e sustos previsíveis.

Vem aí: Alma de 40, corpo de 20

Quarentona, mãe e, de repente, separada, mulher decide fingir ter 20 e poucos anos para voltar a trabalhar. É com essa premissa que Darren Star, criador da série Sex and the City (1998 – 2004), prepara seu retorno à TV. A nova série,Younger, baseada em livro de Pamela Redmond, une dois universos familiares ao autor: os dilemas de mulheres maduras, de Sex and the City, e os sonhos dos mais jovens, tema de Barrados no Baile (1990 – 2000) e Melrose Place (1992 – 1999), ambos também de Star. A história de Younger é centrada na vida da dona de casa Liza, interpretada pela atriz Sutton Foster.

– Ela não trabalhava há anos, passou dos 40, tem uma filha adolescente e não consegue emprego – adianta Star.

A vida da personagem muda quando um rapaz a convence de que ela aparenta ser bem mais nova do que é. A partir daí, Liza tenta recomeçar como alguém de 26 anos. A nova produção também aposta no figurino. Star convocou a consultora Patricia Field, de Sex and the City, para supervisionar o guarda-roupa de Younger.

Curtas

> Noivos na vida real, Mila Kunis e Ashton Kutcher vão gravar juntos Two and a Half Men. A atriz fará uma participação como Vivian, jovem por quem Walden irá se apaixonar à primeira vista.

> A segunda temporada de Hannibal estreia nesta segunda (10/3) no AXN, às 23h. Logo no primeiro episódio, haverá um flashforward com o intenso combate entre Jack Crawford (Laurence Fishburne) e o Dr. Hannibal Lecter (Mads Mikkelsen).

> Mary-Louise Parker, que estrelou o polêmico seriado Weeds entre 2005 e 2012, será protagonista de Feed Me. A nova série gira em torno de Ellen, uma contadora e mãe de dois filhos que sofre de TOC.

> Isaiah Washington voltará a Grey’s Anatomy quase sete anos depois de sua demissão da série. O ator interpretou o Dr. Preston Burke entre as temporadas de 2005 e 2007, mas foi demitido após ter insultado o ator T.R. Knight, que vivia George.