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Itapema FM  | 16/02/2014 17h17min

Astro de "The Following", Kevin Bacon se rende às possibilidades da TV

Astro concedeu entrevista nos estúdios da Warner, nos EUA

Camila Saccomori  |  camila.saccomori@zerohora.com.br

Por Camila Saccomori, de Nova York*

Um dos clássicos absolutos dos anos 1980, Footloose comemora nesta segunda-feira exatos 30 anos de seu lançamento. E, em abril, faz 20 anos que o nome de Kevin Bacon está associado à famosa teoria dos seis graus de separação. Nenhuma dessas efemérides, no entanto, irá arrancar do ator mais do que um breve comentário e um sorriso de dentes muito brancos. Agora, ele só quer saber de TV.

– Pela primeira vez na vida, tenho a chance de fazer o que realmente amo: atuar – disse Bacon, na coletiva de imprensa realizada em Nova York na última semana para divulgação da segunda temporada de The Following, série da Fox americana exibida no Brasil pelo Warner Channel.

– Cinema está sempre relacionado a esperar. Espera no trailer enquanto acertam a luz. Espera três dias enquanto não há cenas a serem gravadas. Agora, passo seis meses do ano atuando de verdade, de manhã até a noite – prosseguiu.

No papel do ex-agente do FBI Ryan Hardy, Bacon persegue um serial killer que comanda uma seita assassina. Interpreta um mocinho daqueles pouco convencionais, um eterno atormentado que bebe vodka disfarçada em garrafinhas de água e dorme com a mulher do criminoso que persegue. O fato de o personagem ser "cheio de falhas" foi o que o seduziu para seu primeiro papel regular em televisão:

– Gosto da oportunidade de poder explicar quem é o herói que interpreto. Hardy é complexo, mas tenho semanas para mostrar suas camadas, sem pressão. No cinema, aquelas duas horas são a entrega definitiva do personagem ao público.

A paixão com que Bacon define sua atual ocupação surpreende até ele próprio. Com dezenas de filmes no currículo, como Sobre Meninos e Lobos (2003) e O Lenhador (2004), ele lembra o início da carreira:

– Era muito simples: o ator optava ou por TV ou por cinema. Eram tipos diferentes de trabalho quando comecei lá por 1978, 79.

Foi só depois de ver a mulher, Kyra Sedwig, atuando na série The Closer que Bacon passou a encarar as produções de TV com outros olhos. O impulso final veio com a performance de James Gandolfini em The Sopranos.

– Um dia, pensei: "Quero fazer parte disso". Mas admito que eu era esnobe. Procurava somente ideias para o horário nobre da TV a cabo.

Foram alguns anos lendo roteiros até The Following cair em seu colo.

– Li aquela história sobre vida e mortes e pensei: "Isso é muito bom".  Então, assinei o contrato.

Nesta segunda temporada, em exibição no Brasil toda sexta, às 22h25min, o agora sóbrio agente da lei sofre a morte de seu grande amor, Claire Matthews (Natalie Zea), que bateu as botas no fim do primeiro ano da trama, assim como outros personagens. Tantas perdas são a justificativa divertida para despistar o boato de que Bacon teria, no futuro, a companhia da mulher em The Following:

– Não quero Kyra na série por um simples motivo: muita gente morre (risos).

Após 30 anos da estreia de Footloose, Bacon prefere não olhar para trás ao ser questionado sobre um balanço de sua carreira:

Footloose foi bacana para mim. Tenho muito orgulho do filme. Mas realmente não sei mais o que dizer sobre isso.

A seis graus de separação

Nos estúdios de gravação de The Following, um grupo de 30 jornalistas internacionais está prestes a entrevistar Kevin Bacon. O comentário mais recorrente é previsível: em instantes, vamos reduzir de seis para um grau de separação a distância com o ator.

A brincadeira refere-se à teoria  segundo a qual uma pessoa está a, no máximo, seis conhecidos de distância em relação a qualquer outra no mundo. Em janeiro de 1994, Bacon deu uma entrevista em que dizia já ter trabalhado com todos os artistas de Hollywood.

Três estudantes, na era pré-redes sociais, levaram a sério tal declaração: no mesmo ano, escreveram uma carta ao programa de Jon Stewart elegendo Bacon como "centro do universo do entretenimento", e a história colou. Os guris foram à TV explicar o jogo. O próprio ator, que no início achava o assunto depreciativo, chegou a curtir a brincadeira e fez até um prefácio para o livro que o trio lançou sobre o assunto. A teoria culminou ainda em um jogo para a internet.

Ao fim da coletiva, ninguém ainda havia se arriscado a tocar no assunto. Mas, antes da despedida, um jornalista dispara a pergunta-piada para Kevin Bacon:

–Você joga Seis Graus de Separação?

– Ah, sim, todas as noites. A família se reúne ao redor da lareira. Nunca jogo, não sou bom nisso.

* A jornalista Camila Saccomori (Zero Hora) viajou a Nova York a convite do Warner Channel

ZERO HORA
Fox / Divulgação


Foto:  Fox  /  Divulgação


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