Em meio à II Guerra, uma unidade militar especial foi encarregada de recuperar obras de arte roubadas pelos nazistas. O fato histórico é muito interessante, seu registro em livro detalha e enaltece a façanha, mas a versão para o cinema da corajosa missão ficou aquém do que o tema e os nomes envolvidos na produção sugeriam.

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Em cartaz a partir de hoje, Caçadores de Obras-Primas é o quinto longa dirigido por George Clooney, que está à frente de um grande e bom elenco, ao lado de chapas como Matt Damon e John Goodman.

Inspirado no livro Monuments Men, de Robert M. Edsel e Bret Witter – lançado no Brasil pela Rocco com o título do filme –, o longa-metragem destaca um dos sonhos megalomaníacos de Adolf Hitler. Ele queria erguer o maior museu do mundo em Linz, na Áustria, e nele abrigar famosas obras de arte que os nazistas saqueavam pela Europa.

O destino do patrimônio cultural em meio ao conflito era uma preocupação de historiadores e especialistas em arte. Um deles, o americano George L. Stout – no filme chamado Frank Stokes e vivido por Clooney –, liderou a unidade militar dos aliados formada por curadores de grandes museus e galerias, arqueólogos, arquitetos e outros conhecedores que, a partir do Dia D, em 1944, seguiram o exército nazista em fuga. Eles buscavam recuperar obras famosas como o Retábulo de Ghent, painel sacro de Jan van Eyck, e a escultura em mármore Virgem com o Menino Jesus, conhecida como a Madona de Michelangelo.

Caçadores de Obras-Primas, porém, empaca na maneira de narrar essa aventura, pelo excesso de personagens diluídos em diferentes núcleos e, em especial, pelo exagero do tom triunfalista, como aqueles antigos filmes de guerra que precisavam deixar bem claro ao espectador quem é o mocinho da história.