A entrada do BNDES como patrocinador do Festival de Dança de Joinville dará novo fôlego para a edição deste ano, marcada para ocorrer de de 23 de julho a 2 de agosto. A decisão pegou o instituto do festival de surpresa na manhã desta segunda-feira e, mesmo sem ter a definição sobre o valor oferecido pelo banco, a notícia gera alívio no corte de custos que seria definido ainda nesta semana.

De acordo com o presidente do Instituto Festival de Dança, Ely Diniz, desde dezembro do ano passado o festival busca este patrocínio, que também contemplou outros 25 projetos pelo País nas áreas de cinema, música, literatura e dança. Um dos motivos da procura pelo incremento financeiro é a diminuição de repasse previsto pelo Estado por meio do Funcultural. Neste ano, o governo deve entrar com R$ 1,5 milhão, quase R$ 700 mil a menos do que contribuía desde 2006. O corte já vinha se refletindo nas contas do evento desde 2013.

— Ainda faremos cortes de custos, claro, sem atingir a qualidade do evento. Mas o apoio do BNDES vai dar um oxigênio para investir nas atrações — confirma Ely.

Além do BNDES, o Festival de Dança de Joinville continua contando com o patrocínio do banco Itaú (como patrocinador master), Tractebel, Grupo RBS e O Botícário.

Como adiantou o colunista Claudio Loetz na edição desta segunda de "A Notícia", o evento joinvilense é o único catarinense entre os contemplados pela instituição financeira do Governo Federal. O banco recebeu mais de 650 inscrições. Entre os escolhidos estão nomes consolidados no calendário cultural como o 22º Festival Internacional de Animação do Brasil, 42º Festival de Cinema de Gramado, 12ª Festa Literária Internacional de Paraty (RJ) e 23ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo.