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Itapema FM  | 08/02/2014 04h40min

Show do Offspring reúne fãs de todas as idades no Festival dos Fanáticos, na Capital

Mais de 10 mil pessoas curtiram apresentações também dos Raimundos e Tequila Baby no Music Park, em Jurerê

Atualizada às 04h49min Carol Macário  |  caroline.macario@diario.com.br

Rock se dança é pulando. E para gostar de rock a idade não importa. Pode-se ter 60 anos ou 15. No Festival dos Fanáticos, evento que reuniu as bandas de punk rock e hardcore em Jurerê, Florianópolis, cerca de 10 mil pessoas - dos usuais cabeludos de camiseta preta aos hipsters descolados - curtiram ao som das imortais bandas Tequila Baby, Raimundos e The Offspring na última sexta (7).

<< Assista: Noodles e sua performance eletrizante de Pretty Fly, hit do Offspring

Depois da abertura animada dos gaúchos do Tequila Baby, os brasilienses dos Raumindos apresentaram um show pesado, bem mais rock'n roll que a apresentação recente no Planeta Atlântida da Capital. Além de passarem por hits dos anos 1990, eles não economizaram em solos nervosos de guitarra e Digão cuidou da performance vigorosa, provando que eles, depois de 20 anos de carreira, continuam bem vivos, assim como o rock brasileiro.

O quarteto californiano The Offspring era a atração mais aguardada. Eles subiram ao palco do Music Park quase que pontualmente, à 0h40. Apesar de terem economizado no tempo de apresentação - contando o bis tocaram apenas 1h10, aproximadamente - o quarteto fez fãs de diferentes gerações voltarem a ser adolescentes.

Apesar da discordância com relação ao gênero (há os que não admitem classificá-los como punk rock e os que os defendem), eles apresentara, sim um rock'n roll bem punk, apesar de mais de uma dezena de canções ser bem mainstream. O show foi um mergulho no tempo, em que passearam pela década retrasada com canções como Pretty Fly, Why don't you get a job?, Self Esteem e The Kids aren't alright.

Apesar do carisma do vocalista Dexter Holland, Noodles, o guitarrista, roubou a cena, subindo numa espécie de tablado para executar solos de frente para a plateia. Mesmo cinquentão (ele completou 51 anos na última terça, 4), ainda tem vigor e bom humor. Conversou com o público e ainda se desculpou, brincando, que costumava ser muito mais legal, até 17 dias atrás, quando largou os cigarros.


Uma hora antes do show, o baixista do grupo Greg K, conversou com o Diário Catarinense. Ele é o mais sério da banda, já não tem cabelos longos e sorri pouco.

Vocês parecem ainda adolescentes e, apesar de já terem 30 anos de carreira, tem muitos fãs adolescentes.

É porque ainda nos comportamos como adolescentes! (risos).

E esse dilema sobre ser ou não punk rock? Afinal, que gênero é o do Offspring?

Essa questão nos acompanha desde o começo da banda, e não há melindres com relação a isso. Não tentamos nos definir, fazemos rock'n roll, só isso.

Em 30 anos de carreira vocês lançaram apenas nove discos. Estão preparando algo novo?

É que não temos pressa. E temos muitas coisas antigas para os mais novos descobrirem ainda. Estamos preparando um novo single para breve, mas só um single.

Você disse que tem quatro filhos e que eles curtem música eletrônica. De que forma vocês da banda se influenciam com esses novos gêneros e com os beats?

Na verdade eu acho muito estranho que as músicas hoje em dia não têm mais guitarra. Lembro das músicas dos anos 1980, com aquele som de teclado, que depois desapareceu. Acho que o rock'n roll vai continuar, não será sufocado por beats.

VARIEDADES DC
João Soares / Agência RBS

Cinquentões, mas cheios de forma: Dexter Holland e Noodles no show do Offspring em Florianópolis
Foto:  João Soares  /  Agência RBS


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