Itapema FM | 29/01/2014 06h04min
O atual secretário de Turismo, Cultura e Esporte (SOL), Valdir Walendowski, prefere responder perguntas sobre o andamento dos assuntos relacionados à Cultura no Estado por e-mail. Com anos de experiência na área de turismo, ele acumula os cargos de secretário da SOL, presidente da Santur e também da Fundação Catarinense de Cultura (FCC) desde outubro do ano passado, e precisa recorrer aos diretores de cada área da FCC para se inteirar sobre o andamento de projetos e obras para o setor que estão parados há meses, alguns há anos.
Desde a saída de Joceli de Souza da presidência, em julho de 2013, a FCC - entidade responsável por promover, estimular e preservar a memória e a produção artística catarinense - está sem um gestor oficial. O ex-secretário Beto Martins acumulou a função depois da saída de Souza e agora Walendowski repete o acúmulo de atividades. Quando será nomeado um novo presidente? O atual secretário afirma que só o governador Raimundo Colombo é quem sabe.
Em entrevista, ele respondeu como está a situação do Memorial Cruz e Sousa, do Salão Victor Meirelles, da ala norte do Centro Integrado de Cultura (CIC) e do Café Matisse, entre outros temas.
O Memorial, inaugurado em 2010, nunca foi aberto ao público e está interditado. No começo de 2013 foi prometida uma reforma. Como está o projeto?
Além da readequação do Memorial, será executada a subestação de energia elétrica. A obra da subestação é que demandará mais tempo (compra de equipamentos e montagem) já que se trata de um equipamento antigo. O tempo de execução será de aproximadamente quatro meses.
Em quanto foi orçado? Quem fez e o que compreende o novo projeto do Memorial?
O projeto da reforma do Memorial foi feito por técnicos da FCC e o da subestação de energia foi terceirizado. Aguarda-se esse segundo projeto para que seja possível chegar ao custo final da obra. Além de uma reforma geral das estruturas prejudicadas, o local também terá um espaço de convivência para que o visitante tenha a opção de tomar um café e desfrutar do ambiente.
A última ala do CIC ainda precisa ser reformada. Foi, inclusive, interditada pelos Bombeiros no episódio do fechamento do Teatro Ademir Rosa, no ano passado. Para quando está prevista a restauração e quanto vai custar?
A reforma da ala norte do CIC compreende uma área de cerca de 3 mil metros quadrados - incluindo o Café Matisse. O único projeto concluído e implantado é o preventivo de incêndio. De acordo com o gerente de Preservação de Patrimônio Cultural, Halley Filipouski, a diretoria de Patrimônio deve definir até o final de janeiro o layout da ala norte. O setor estuda ainda a abertura de duas bombonieres: uma no hall do cinema e outra no hall do teatro (espaço já existente).
O projeto do Café Matisse já estava pronto no final do ano passado. Na época, faltavam apenas alguns detalhes que foram apresentados para o ex-secretário Beto Martins. O que foi feito com esse projeto? Por que se voltou atrás na ideia de abrir um novo café antes da reforma da ala norte?
O café, espaço de convivência, só será implantado após a reforma da ala norte do CIC. Enquanto isso, os técnicos da FCC estão estudando as opções para chegar ao projeto final do que será o Café Matisse, a marca que ficou.
A promessa, no começo de 2013, era de que o Salão Victor Meirelles ocorreria em dezembro do mesmo ano. O que aconteceu? Há anos, ele que era um importante mecanismo de estímulo da produção de artes visuais de SC, não é realizado.
O formato do Salão Victor Meirelles está sendo repensado para uma proposta de maior interação dos artistas. O fato de ser um salão nacional merece um tratamento mais detalhado para que seja um salão contemporâneo.
Por que o formato está sendo repensado? Como estava planejado? O que foi feito com o projeto ao longo desses anos que não se chegou a um formato definitivo?
O projeto para realização da próxima edição foi apresentado em 2013 pela diretoria de Difusão Artística da FCC e está recebendo alguns ajustes, mas será lançado no segundo semestre deste ano. A 11ª edição do Salão Victor Meirelles é uma prioridade para a diretoria de Difusão Artística e para a FCC, para 2014/2015. Ainda, por ser de grande porte, requer estrutura e equipe maiores, bem como aporte de recursos para sua plena realização. Também é importante salientar que a proposta deste evento inclui uma série debates e discussões mais aprofundadas em torno da produção artística catarinense e brasileira, com a participação de críticos catarinenses e de renome nacional.
Como está a reforma do Museu da Comunicação em Florianópolis?
A obra teve início no final do ano passado e está com seu cronograma de execução em dia, segundo o gerente de Preservação de Patrimônio, Halley Filipouski. Permanece a expectativa de conclusão em prazo menor do que os 15 meses estabelecidos.
Alguma previsão de quando a FCC terá um novo presidente?
Depende do governador. Não posso me manifestar em relação a isso.
Quanto foi gasto em Cultura pelo Estado em 2013? Qual era o orçamento? Em que o dinheiro foi gasto?
Do Funcultural, foram destinados R$ 7,850 milhões para cerca de 60 projetos de proponentes de todo Estado e em diversas áreas - dança, música, teatro, artes visuais e plásticas, literatura, exposições e festivais.
Para a FCC foi descentralizado o valor de R$ 8,845 milhões para custeio e manutenção e destinados a diferentes projetos desenvolvidos pelas dez casas administradas pela Fundação. Para as SDRs foram descentralizados R$ 293,5 mil. Ainda, Edital Elizabete Anderle 2013 foram R$ 7 milhões e o prêmio do Edital de Cinema Catarinense 2013 é de R$ 2,9 milhões.
VARIEDADES DC
Valdir Waledowski acumula os cargos de secretário da SOL, presidente da Santur e da FCC
Foto:
Cristiano Estrela
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