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Itapema FM  | 25/12/2013 16h10min

"Embalar", de Ná Ozzetti, é uma das boas surpresas do fim de ano

Disco é o décimo álbum solo da cantora e compositora

Roger Lerina  |  roger.lerina@zerohora.com.br

Ná Ozzetti não é somente uma das melhores vozes da música brasileira: a cantora e compositora é também uma artista comprometida com a coerência e a qualidade de seu trabalho. Ao apagar das luzes de 2013, a paulista lançou um dos melhores discos do ano, com 11 temas em que letra, música e interpretação harmonizam-se no diapasão de seu timbre cristalino.

A canção-título Embalar abre o álbum instigando o ouvinte a pegar o kit completo: "Sim, vou levar, pode empacotar / Esse som e o de lá", ordena a composição de Dante Ozzetti e Luiz Tatit. O pacote sonoro de Ná é embalado pela coesão com a banda, que trabalha com a intérprete desde os discos Balangandãs (2009) e Meu Quintal (2011) – formada pelo irmão Dante (violões), Mário Manga (guitarras e violoncelo), Sérgio Reze (bateria e gongos melódicos) e Zé Alexandre Carvalho (contrabaixo acústico).

– Sempre gostei de banda, não é à toa que eu comecei com um grupo. Idealizei sempre na minha carreira solo trabalhar com banda. Agora, no meu trabalho todo mundo é meio dono – disse a Zero Hora a ex-vocalista do antológico grupo Rumo.

Além do quarteto base, o 10º álbum solo da cantora conta com as participações dos convidados Ivan Vilela, Juçara Marçal, Kiko Dinucci, Marcelo Pretto, Mariana Furquim, Mônica Salmaso e Uirá Ozzetti. Ná assina a parceria de quatro canções – incluindo Olhos de Camões, no qual musica uma "poemontagem" de Alice Ruiz sobre versos de Camões. Outro destaque do disco é a participação de Kiko Dinucci na irônica Lizete – que endoideceu de amor ao "se envolver com a Rebeca" –, canção escrita pelo cantor, compositor e violonista com Jonathan Silva.

– Convidei o Kiko para fazer um show comigo em 2012 e me encantei com o trabalho dele, que tem uma ligação forte com o Itamar Assumpção – comparou Ná.

Em Minha Voz, da compositora mineira Déa Trancoso, a intérprete divide o microfone com Mônica Salmaso – o resultado é um lânguido blues, que lembra uma terceira grande cantora brasileira: a Gal Costa dos anos 1970.

– Fiquei com vontade de explorar um repertório mais rítmico, como em Balangandãs. Voltamos nossa sonoridade para uma coisa de rock setentista, influenciado por bandas como Led Zeppelin. Embalar tem esse calor das sonoridades dos anos 1970.

Ná revelou ainda que acalenta a ideia de transformar em disco o show em que interpreta apenas compositores gaúchos, como Nei Lisboa, Vitor Ramil, Gelson Oliveira, Arthur Nestrovski, Paulo Neves, Bebeto Alves, Adriana Calcanhotto e Lupicinio Rodrigues, já apresentado em Porto Alegre:

– Eu e o Vagner Cunha tivemos a ideia de gravar, mas acabamos adiando. É um projeto que eu gostaria muito de fazer, os arranjos do Vagner são incríveis.

SEGUNDO CADERNO
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