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Itapema FM  | 25/11/2013 09h25min

Mostra Livre Catavídeo completa 15 anos e se consolida como importante janela da produção em Santa Catarina

Em quatro dias de evento serão exibidas 36 produções entre curtas e médias-metragens

Fernanda Oliveira  |  fernanda.oliveira@diario.com.br

Ainda é pequena a lista de eventos culturais no Estado que somam 15 anos ou mais de existência, principalmente no segmento de áudio e vídeo – até agora o Florianópolis Audiovisual Mercosul (FAM) era o único há tanto tempo no calendário de SC. Em 2013 a mostra Catavídeo, que começa nesta segunda-feira, em Florianópolis, alcança este importante marco, firmando-se como um dos mais tradicionais e importantes representantes do gênero ao completar uma década e meia de edições anuais.

Mesmo assim, neste ano a mostra teve sua realização ameaçada depois que a verba principal – R$ 30 mil aguardados via Funcine, o Fundo Municipal de Cinema – não chegou. Diante do dilema entre cancelar o evento, que já estava na fase de inscrições, e tentar concretizá-lo mesmo assim, os organizadores ficaram com a segunda opção.

— A realização do Catavídeo deste ano é também uma forma de protesto, para mostrar que existe público, que tem gente querendo exibir e assistir. É uma mostra democrática, não tem nenhuma seleção do material — destaca a produtora Viviane Mayumi.

De acordo com o Funcine, uma redução inesperada no repasse da prefeitura de Florianópolis impediu que o fundo apoiasse alguns eventos do setor audiovisual.

— Este ano é uma exceção. Em função de um corte de despesas, o Funcine quase não recebeu recursos. O que veio foi para projetos que já estavam aprovados — afirma a presidente do Funcine, Carolina Gesser.

Sem patrocínio, o Catavídeo teve de ser erguido por meio de parcerias com entidades e empresas de SC, entre elas a Cinemateca Catarinense e o Centro Acadêmico de Cinema da UFSC. Com poucos recursos para a divulgação pelo Estado, a 15ª edição recebeu menos inscrições se comparada aos anos anteriores. Em quatro dias serão exibidas 36 produções entre curtas e médias-metragens, além da promoção de oficinas gratuitas de documentários, cartazes e gambiarra, já com inscrições encerradas.

— A ideia é não deixar o evento morrer. Se cancelássemos podia ter mais repercussão, mas a equipe julgou mais importante mantê-lo — afirma o produtor Guto Lima, que coordena o Festival Audiovisual Catarinense, outro evento que ficou sem verba neste ano.

Além das sessões com roteiro estabelecido, a mostra também abrirá espaço na janela livre para exibidores não inscritos. Todas as exibições serão realizadas na Fundação Cultural Badesc e na Cinemateca Catarinense.

Abertura discute cinema de código aberto

O Catavídeo começa hoje com o curta Floresta Vermelha, primeira produção no formato de cinema digital feita com câmera open hardware e editada com softwares livres. Após a exibição, o diretor Flávio Soares participa do debate sobre produção com software livre e formatos de licenciamento.

O debate também contará com a participação de Chico Faganello, produtor audiovisual e diretor da empresa Filmes que Voam; Pedro Markun, membro da Aliança pelo Vídeo Livre, desenvolvedor de software livre e ativista pelos dados abertos e pela liberdade na rede; e Thiago Skárnio, diretor da Alquimídia.org e coordenador do Pontão Ganesha de Cultura Digital.

Agende-se

O quê: 15º Catavídeo
Quando: de segunda a sexta. Sessões diárias às 19h na Fundação Cultural Badesc. Confira a programação completa.
Onde: Fundação Cultural Badesc (Rua Visconde de Ouro Preto, 216, Centro, Florianópolis) e Cinemateca Catarinense (Travessa Ratclif, 56, Centro, Florianópolis)
Quanto: gratuito

No meu apartamento ou no seu / Reprodução

"No Meu Apartamento ou no Seu" é um dos filmes em exibição
Foto:  No meu apartamento ou no seu  /  Reprodução


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