Pouco antes de se despedir do público (e de fazer a galera delirar ao som de Keep Running, a música tema do DVF 2013), o DJ carioca Marcelo CIC mandou um recado: “é muito importante que valorizem os DJs brasileiros”, bradou, para logo em seguida dar a vez para outro brasileiro no Dream Stage, Mario Fischetti.

A recomendação veio em hora apropriada. Enquanto ele deixava o palco e Fischetti assumia o comando da cabine, do outro lado do evento o duo Digitaria fazia a pista do Mystic Stage ferver. Os mineiros Daniel Albinati e Daniela Caldellas são um dos mais recentes e bem-sucedidos ícones brasileiros da música eletrônica.

Com um deep house marcante e a mistura de vocais doces e sensuais, a apresentação foi dançante e atraiu pessoas como a gaúcha Jéssica Motta Batista, 22 anos. Ele veio ao DVF vestida com uma fantasia de coala. “Gosto de me sentir livre de precisar ser bonita”, justificou. Para ela, as pessoas que escolhem o Mystic Stage querem só dançar e curtir a música. “Acho a dupla Digitaria muito atual.”

No final da apresentação os supersimpáticos mineiros conversaram com o Diário Catarinense sobre o atual momento da música eletrônica brasileira. Eles moram há seis meses em Barcelona, na Espanha, pertinho da ilha de Ibiza e dos principais locais do circuito internacional da e-music. Para eles, a música eletrônica brasileira está crescendo e ficando cada vez mais igualitária.

A questão igualitária é muito importante, visto que DJ no Brasil tem que ralar muito mais que na Alemanha , como afirma o Daniel Albinati.

- Outros países têm leis e oferecem suporte para quem é músico. Ser DJ na Europa é uma carreira, no Brasil é uma aposta. Por isso é legal ver quando os DJs brasileiros conseguem se apresentar em grandes clubs e festivais em pé de igualdade – diz Daniela.

Os dois vieram ao Brasil para uma turnê de dois meses no Brasil.

Ouça o começo da apresentação dos mineiros do Digitaria:

Veja a galeria de fotos do evento: