Notícias

 | 27/09/2013 10h08min

O Tempo e o Vento estreia nesta sexta nos cinemas de Santa Catarina

Longa baseado na obra de Erico Verissimo conta com Thiago Lacerda no elenco

ANDREY LEHNEMANN*, ESPECIAL  |  variedades@diario.com.br

Uma das maiores produções do cinema nacional, baseada na obra O Tempo e o Vento, de Erico Verissimo, estreia nesta sexta-feira nos cinemas de Santa Catarina. Na história adaptada pelos escritores Letícia Wierzchowski e Tabajara Ruas, os espectadores acompanham a árvore genealógica dos Terra Cambará e o começo de sua inimizade com a família Amaral, na pequena província gaúcha de Santa Fé.

Confira a crítica de O Tempo e o Vento

Nessa perspectiva a trama também passa pela própria história do Rio Grande do Sul na época da Revolução Farroupilha. O longa-metragem, que contou com um orçamento de R$ 13,8 milhões e utilizou 130 atores e 2,2 mil figurantes, estampará em breve a capa de uma revista americana – a produção foi a primeira do mundo a ser filmada totalmente com a mais alta tecnologia disponível no mercado, com resolução e finalização no formato 4K.

Jayme Monjardim, mais conhecido por sua carreira televisiva, dirige seu segundo filme – o primeiro foi Olga. Na coletiva realizada em Porto Alegre, o diretor destacou que a responsabilidade em adaptar um texto tão significativo para a literatura nacional é enorme.

Thiago Lacerda, que usava camiseta branca, calça jeans, óculos escuros e tênis, mostrou-se tão irreverente quanto o seu personagem nas perguntas dirigidas a ele.

— Eu nasci para fazer o Capitão! — afirmou.

Sobre trabalhar com Fernanda Montenegro, o ator foi ainda mais enfático:

— Experiência única. Trocamos figurinhas, histórias de vida. Ela é uma grande presença. Em um momento do filme ela dormiu no meu peito e fiquei admirando. O quê? Vou acordar a Fernanda Montenegro? Acabei dormindo também. Jayme acordou nós dois!

Enquanto café e água eram servidos para o elenco, o ator preferiu o chimarrão – escolha que acabou sendo copiada aos poucos pelos demais.

*Jornalista e crítico de cinema


Cleo Pires interpreta papel que já foi de sua mãe

Confira outras perguntas feitas pela reportagem do Diário Catarinense durante a coletiva de imprensa

Vocês já pensavam em apresentar a obra para um público familiarizado com o texto do Erico ou acham que o fator surpresa conta mais?
Letícia Wierzchowski —
Hoje, infelizmente, poucos têm o hábito da leitura. Fica difícil contar com o conhecimento prévio, portanto. Pensamos em construir algo para os dois olhares: os que já leram a obra e os que nunca tiveram a oportunidade.

Tabajara Ruas — Tentamos fazer a melhor versão possível de uma obra imortal como O Tempo e o Vento. A que chegou até vocês foi a nossa 27ª versão. Em uma de nossas primeiras reuniões, quatro anos atrás, eu levei até o Jayme um desenho do que havíamos construído até então. Era uma adaptação quase exata, somente tirávamos partes de cada passagem e deixávamos o resto. Fizemos um mapa de toda a história ali.

Jayme Monjardim — Quando fazíamos o roteiro recebi uma ligação de alguém dizendo que era uma das piores coisas que já havia lido na vida. Faltava coragem para sair um pouco da obra, ser mais atrevido. Fiquei tão assustado e preocupado que liguei para a Letícia para conversarmos sobre o que poderíamos mudar. Logo depois, eu e o Tabajara saímos um pouco da construção do roteiro para deixá-la colocar uma visão mais feminina. E é essa versão que vocês vão conhecer, o ponto de vista da Bibiana e de seu grande amor, o Capitão Rodrigo.

Como foi a experiência de participar de um épico desse tamanho? O que você leva de sua personagem, e como foi o seu processo de composição?
Cleo Pires —
Ana Terra é uma grande força da natureza. Ela é uma personagem muito paradoxal: ao mesmo tempo em que tem uma certa fragilidade, possui uma força gigantesca. Escolheu passar por tudo aquilo - muito pela época que está inserida também. A primeira vez em que recebi o convite, nem li o roteiro. Não queria fazer o papel que foi de minha mãe um dia. Tenho sérios problemas em vê-la sofrendo em atuações. Então, observava Ana Terra como alguém que a fez sofrer. O bom é que o Jayme percebeu que eu não estava pensando e foi atrás de mim para me fazer ler o roteiro. Li e me apaixonei já nas primeiras páginas.

Você pensa em fazer outras adaptações? Quais são seus novos projetos?
Jayme Monjardim —
Na TV, o trabalho é rotineiro. Estou, inclusive, fazendo a direção da próxima novela das nove do Manoel Carlos. Acho que o resultado da bilheteria traz uma facilidade maior para fazer outros filmes. Mas com o costume que tenho de entrar em grandes projetos e que tomam muito tempo, prevejo um próximo longa para daqui uns sete anos.

Assista ao trailer do filme

DIÁRIO CATARINENSE
Marco Peres / Divulgação

História se desenvolve a partir do amor entre Bibiana Terra e o Capitão Rodrigo
Foto:  Marco Peres  /  Divulgação


Comente esta matéria

Notícias Relacionadas

27/09/2013 10h19min
História de amor e um pouco de guerra
Sintonize a Itapema em Florianópolis 98.7, em Joinville, sintonize 95.3

Grupo RBS Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2009
clicRBS.com.br • Todos os direitos reservados.