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Itapema FM  | 17/09/2013 10h15min

Mais de 200 caem em golpe de ingresso para o Rock in Rio

Empresa com página convincente na internet vendia os bilhetes e não entregava

Um site é acusado de vender e não entregar ingressos do Rock in Rio 2013. Mais de 200 vítimas já foram identificadas. Elas começaram a desconfiar do golpe por causa do atraso na entrega dos bilhetes, que chegavam a custar até R$ 500.

O portal rockinrioingressos.com.br, que vendia os bilhetes, não está mais no ar. Foram criadas comunidades nas redes sociais para denunciar a fraude e há denúncias de várias partes do País.

Os organizadores do evento afirmam que não se responsabilizarão pelo golpe.

— Em geral, as pessoas compram esses ingressos com antecedência e começam a vendê-los. Mas a veracidade deles só é garantida pela venda oficial. Usamos várias estratégias para evitar falsificações, mas elas podem acontecer — diz Fabiane Guimarães, gerente de comunicação do festival.

Durante os três primeiros dias de shows, segundo Fabiane, não chegaram à organização casos de ingressos falsificados. — Mas foram presos alguns cambistas que tentavam vender ingressos nas imediações da Cidade do Rock — diz.

As primeiras vítimas do golpe surgiram há poucas semanas. É o caso do físico Whalem Santos, de Uberlândia, em Minas Gerais. Por meio de boleto bancário, ele pagou R$ 300 pelo ingresso com direito a uma camiseta. Após desconfiar que havia sido enganado, descobriu que o boleto, na verdade, era uma ordem de pagamento. O número que consta no documento é o mesmo para todos que compraram pelo site.

O empresário Rodrigo Toni, de São Paulo, adquiriu dois ingressos, cada um por R$ 450.

— Recebi um comprovante da compra por e-mail. Fiquei tranquilo — relata. Também foi o atraso na entrega que despertou a sua desconfiança. — Quando tentei entrar em contato, os e-mails começaram a voltar — conta. Acostumado a fazer compras pela internet, Toni relata que não desconfiou do site, que exibia uma certificação da empresa Visachek, indicando tratar-se de uma "compra segura."

Há casos em que o prejuízo foi ainda maior, já que também foram comercializados hotel e passagem aérea. Um professor de Camboriú, em Santa Catarina, relata ter perdido mais de R$ 2 mil.

Fraudes

— O melhor jeito de evitar fraudes é tentar identificar o fornecedor — observa Laércio Godinho Teixeira, assessor técnico da diretoria de atendimento e orientação ao consumidor do Procon. Segundo ele, o internauta deve procurar informações sobre a empresa, como endereço, CNPJ e telefone. Outra medida de segurança é buscar referências do site no endereço www.registro.br . — É uma fonte para verificar se o site existe.

A reportagem tentou localizar, sem sucesso, os responsáveis pela empresa citada pelas vítimas. Os próprios prejudicados fizeram uma investigação, que chegou a um endereço em Belém, no Pará. Nada foi encontrado no local.

Nos boletos emitidos e nos e-mails enviados aos clientes, constava o nome Ticket Mais. A marca, porém, pertence à empresa àgape Soluções, que negou ser responsável pelas vendas. — Recebemos muitas reclamações de pessoas equivocadas acreditando que somos os responsáveis. Sugerimos ir ao Procon — diz o esclarecimento.

Para o Procon, é importante registrar o crime rapidamente. — Quanto mais o tempo passa, mais se perdem os rastros deixados pelo autor das fraudes — explica Teixeira. A orientação é fazer um boletim de ocorrência nas delegacias especializadas em crimes eletrônicos.

>> Outro caso parecido relatado pelo Segundo Caderno

Agência Estado
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