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Itapema FM  | 13/09/2013 16h34min

Talento, pouco esforço e muita sorte

Este é o resumo da trajetória de Selah Sue, que faz show domingo em Florianópolis

LAYSE VENTURA  |  layse.amaral@kzuka.com.br

A belga Selah Sue, de 24 anos, chega a Florianópolis trazendo no currículo uma apresentação no Palco Sunset do Rock in Rio, um álbum de estreia estourado na Europa e o título de artista revelação de 2012, segundo a crítica especializada. O show, domingo à noite no Espaço Floripa, em Florianópolis, apresenta aos catarinenses o talento desta artista, que despontou mundialmente com apenas dois anos de carreira. A abertura é da jovem cantora local Maria Luzia, de 17 anos.

A trajetória de Selah foi realmente meteórica. Nascida em uma família sem tradição musical, ela queria ser bailarina quando criança. Chegou a estudar psicologia, mas foi no violão que acabou se encontrando. Cantou em clubes nos fins de semana, mas por meio da internet ela bombou. Sem nenhum tipo de divulgação, milhares de fãs foram atraídos por suas gravações caseiras.

Em seguida, assim inesperadamente, vieram a gravadora, o dueto com Cee-Lo Green, a participação em um show de Prince, o primeiro disco e o sucesso mundial. O álbum, batizado com seu próprio nome, traz 20 faixas com uma mistura entre rock elétrico, hip hop orgânico e soul-funk. Um som sem fronteiras e uma voz marcante que a fazem ser comparada a ícones como Janis Joplin, Amy Winehouse e Adele. Por telefone, do Rio de Janeiro, Selah Sue conversou com o DC e falou sobre a vida de contos de fadas, comparações com outros artistas, ídolos e como enxerga o seu trabalho.

Agende-se

O quê: show com Selah Sue
Quando: domingo, às 20h
Onde: Espaço Floripa (Av. Paulo Fontes, 1250, Centro, Florianópolis)
Quanto: a partir de R$ 80 (pista) e R$ 60 para Clube do Assinante _ valores de 2º lote e sujeitos à alteração
Onde comprar: bilheteria do local, rede Multisom, lojas Cheia de Graça e no Blueticket.
Mais informações: (48) 3025-6646  e no Espaço Floripa.


 
Relação com a música começou aos 14 anos, ouvindo Lauryn Hill
FOTO: Thomas Koll / Divulgação

Em entrevista por telefone ao Diário Catarinense, Selah Sue conta como foi descoberta e se transformou em sucesso mundial em apenas dois anos. A cantora belga sobe ao palco do Espaço Floripa no domingo, em Florianópolis. O show terá abertura da catarinense Maria Luiza.

É sua primeira vez no Brasil. O que você sabe sobre o país?
Nunca estive na América do Sul. Sempre foi um sonho estar aqui. Eu tinha ouvido de muitos músicos que é um lugar excelente, as pessoas são maravilhosas. É legal estar fazendo uma turnê aqui porque era uma coisa que eu realmente queria. Estou começando com três shows. Espero que seja apenas o início.

Na biografia do seu site diz que sua vida é um conto de fadas. Isso é verdade?
Lógico que não penso que é um conto de fadas, também tem muito trabalho duro. Quem escreveu aquilo não está totalmente por dentro do que acredito (risos). Está sendo maravilhoso, isso é fato. E eu nunca fiz grandes esforços para entrar no negócio. Estudei psicologia, escrevi algumas músicas e meu empresário veio até mim. Agora tenho esta vida maravilhosa em que eu posso fazer turnê, conhecer o mundo inteiro e muitas pessoas, e ter um ganho com uma coisa que adoro fazer. Eu não posso reclamar, certamente.

Algo que estudou em psicologia você leva para suas músicas?
Eu realmente acredito que você pode aprender muito mais de psicologia apenas por envelhecer, viajar, conhecer pessoas e ter experiências emocionais na vida do que em livros. Por um lado, é interessante estudar algo que sempre me interessou. Era realmente meu objetivo, mas agora, lógico, não posso abandonar a música.

Alguns críticos comparam seu trabalho com os de Janis Joplin, Amy Winehouse e Adele. Você concorda com eles?
Claro que penso que sou diferente, até porque é o que o público quer. Acredito que se você escutar meu álbum, vai ver que é algo totalmente diferente. De um modo, é difícil ser colocada neste tipo de carma por ser mulher, branca, ter uma voz forte e fazer minhas próprias músicas. Por isso, nós somos iguais. Mas também não posso ficar triste de ser comparada com algumas das melhores artistas que já existiram.

O que você faz para se destacar de outros artistas que também usaram a internet para lançar suas carreiras?
Você tem que ser muito bom, ter talento e timing, estar no lugar certo e ter boas pessoas ao seu redor. É uma questão de sorte, de uma maneira. É uma combinação entre ser realmente bom e ter sorte. Você tem um monte de artistas talentosos que não têm a chance de serem descobertos, mesmo que usem a internet. Então, é como um quebra-cabeça, e todas as peças têm que estar lá.

Quais artistas fazem parte da sua educação musical?
Comecei a escutar música com 14 anos. Tudo começou com Lauryn Hill, ainda acredito que ela tem a voz mais bonita do mundo, sabe? Ela não apenas canta, como escreve, compõe, toca violão, dança e atua. Hoje ouço várias outras coisas, como hip hop, raggae, jazz e eletrônico. Absorvo todas essas músicas que eu escuto e esse som eclético faz parte do meu álbum.

DIÁRIO CATARINENSE
CEDRIC VIOLLET / Divulgação

Com álbum de estreia estourado na Europa, cantora se apresenta no Palco Sunset do Rock in Rio
Foto:  CEDRIC VIOLLET  /  Divulgação


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