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Itapema FM  | 12/09/2013 16h44min

Paralamas do Sucesso traz turnê dos 30 anos para Santa Catarina

Trio deve relançar discografia até o fim do ano e álbum de inéditas em 2014

Mariana Della Justina  |  mariana.justina@diario.com.br

— Atualmente a nossa meta principal é a jornada, não a chegada — diz o baterista João Barone ao falar dos desafios atuais dos Paralamas do Sucesso, que na sexta-feira à noite brinda os fãs com os hits e releituras de outros artistas que marcaram os 30 anos de carreira da banda na inauguração da Square Music, em Florianópolis.

Herbert Vianna, Bi Ribeiro e João Barone continuam com muito gás e fazem uma média de seis a sete shows por mês. Na turnê comemorativa dos 30 anos, o trio investiu pesado no repertório e trouxe os clássicos costurados às canções de bandas que os influenciaram durante a carreira. Para tornar tudo ainda mais emocionante, cada uma das músicas tem vídeo próprio exibido em um enorme telão.

E não é só isso, além das viagens pelo Brasil comemorando o passado, a banda já adianta o que vem por aí: até o final do ano, os Paralamas devem relançar a sua discografia completa, e um CD de inéditas deve sair em 2014. Em entrevista por telefone ao Diário Catarinense, Barone revela o segredo de tanto tempo de sucesso: se manter ativo sempre.

Agende-se

O quê: Show da turnê em comemoração aos 30 anos do Paralamas do Sucesso
Quando: sexta-feira, às 23h
Onde: Square Music (Rodovia SC-401, 17.852, Canasvieiras, Florianópolis)
Quanto: R$ 40 (pista) e R$ 70 (mezanino) — valores de 1º lote e sujeitos a alteração. À venda nos sites minhaentrada.com.br e blueticket.com.br
Mais informações: squaremusic.com.br

 
SHOW DE 30 ANOS TAMBÉM INVESTE NO VISUAL
Foto: MAURÍCIO VALLADARES / DIVULGAÇÃO



Confira a entrevista na íntegra com João Barone

Como a turnê de 30 anos vem sido recebida pelos fãs?
A gente começou mais ou menos no final de abril e está sendo muito legal o resultado, a presença do público está muito boa. E o show está muito empolgante. Estamos muito felizes, porque preparamos esse show pra celebrar os 30 anos de estrada, pra dedicar realmente aos fãs. A plateia vibra, se emociona, é muito bacana.

Além de clássicos, vocês incorporam canções de outros artistas como Renato Russo, Tim Maia, Lulu Santos, Led Zeppelin, The Clash, The Police... Por que esta decisão e como fizeram as escolhas das músicas?
O grande desafio foi preparar uma lista que mostrasse a nossa tradição durante esse tempo todo. A ideia era juntar esse repertório de uma maneira criativa, de uma maneira artisticamente ousada. Daí o resultado foi esse, um repertório amplo, bem costurado e com citações de umas bandas e artistas que a gente gosta muito, que foram importantes para a nossa formação. Uma hora reunimos as baladas, uma hora reunimos os rocks, os reggaes, então está superinteressante o resultado.

Além da turnê vocês tem alguma outra coisa planejada para a comemoração dos 30 anos?
A turnê seria o foco principal, mas a gente está preparando um relançamento da nossa discografia. Até o final do ano vamos ter umas surpresas aí, talvez até com algum material inédito dentro desse pacote que vamos relançar. Tanto nos CDs quanto nos downloads.

Como vocês encaram a questão da internet, dos downloads?
A gente tentou de certa forma saber usar bem essa história das mídias sociais, então temos Facebook, Flickr, Twitter. Oferecemos muitas informações para os fãs. No que diz respeito a essa interface maior e mais fácil estamos bastante participativos atualmente. Na questão mais da música, até oferecemos no nosso site oficial a nossa discografia para que os fãs ouçam online, via stream. Mas para fazer downloads ainda acreditamos no bom senso em geral, na boa vontade do público para com os seus artistas de fazer um download pago enquanto assim lhe couber.

Vocês já estão produzindo este álbum de inéditas ou é uma coisa mais para o futuro mesmo?
A gente tem bastante material, estamos compondo muito, temos muita coisa, mas vamos ter que dar um tempo, dedicar um cuidado para fazer isso. Muito provavelmente ano que vem tenhamos um álbum de inéditas.

Depois de tanto tempo na estrada, o pique para fazer uma turnê nacional ainda é o mesmo?
Sim, a gente tem uma demanda, uma agenda muito movimentada. Sempre organizamos da melhor maneira possível e tentamos corresponder a essa demanda de uma maneira coerente. Fazemos uma média de seis a sete shows por mês, de modo que consigamos resistir aos desgastes normais de estar na estrada.

Após três décadas, o que falta o Paralamas fazer? Vocês sentem que tem algo ainda a ser conquistado pela banda?
Depois de 30 anos, cada show, cada viagem, cada encontro com o público é uma conquista. A gente não criou fama e ficou deitado na cama. Continuamos indo atrás dos nossos objetivos. O grande desafio é você se manter ativo, criativo.

No início da carreira vocês imaginavam que um dia iriam fazer 30 anos? Como vocês se viam no futuro?
Talvez a gente tivesse uma pequena noção do quanto seria legal viver fazendo música e tudo o mais. Quando começamos, os desafios eram mais comedidos. O desafio era tocar no Circo Voador, gravar um disco, depois era fazer um atrás do outro. Será que a gente vai conseguir tocar no Rock in Rio? Daí tocamos. As metas foram ficando mais ambiciosas. Eu acho que a gente cumpriu muitas das que traçamos. Hoje em dia, a nossa meta principal é a jornada, não a chegada.

Sobre o show da turnê, mais alguma coisa que queira acrescentar?
A gente só não falou do visual. Tem um telão enorme onde passam imagens que foram feitas para cada uma das músicas. Um trabalho superlegal de complementar o repertório com o visual. Está somando muito ao repertório e é uma das grandes atrações do show também.

DIÁRIO CATARINENSE
MAURICIO VALLADARES / DIVULGAÇÃO

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Foto:  MAURICIO VALLADARES  /  DIVULGAÇÃO


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