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Itapema FM  | 14/08/2013 14h47min

Instituto Sapientia é especializado em unir arte a novos conhecimentos científicos

Oscip une engenheiros, cineastas, educadores e criadores de conteúdo

Roberta Ávila  |  roberta.avila@diario.com.br

A criatividade é o negócio de muitas empresas. Produtoras de cinema e vídeo, escritores, artistas plásticos. Mas quem é criativo muitas vezes tem dificuldade em canalizar sua arte em produtos de consumo e se organizar financeiramente para que sua empresa dê lucro. Para lidar com essas questões e incentivar o uso da tecnologia para criação de novas mídias, o Instituto Sapientia, de Florianópolis, tem uma equipe que ajuda tanto na elaboração de projetos quanto em planos de negócios para empresas do setor criativo. Confira a entrevista com Carlos Eduardo Somaggio, um dos fundadores da Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), que não tem fins lucrativos.

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Como foi criado o Sapientia?

O Instituto nasceu a partir de outra instituição de inovação, a Fundação Certi, e começamos a trabalhar com a chamada economia da experiência, que une a engenharia e a tecnologia de hardware e software.

A gente percebeu que estudando essas coisas todas é possível criar novas tecnologias ligadas à comunicação, novas maneiras de provocar uma comunicação diferenciada, que emocione. O primeiro que fizemos foi o Sapiens Circo, um projeto de educação inovador. É um museu interativo ligado à educação ambiental.

Recentemente fizemos uma reportagem sobre a websérie Turma do Papum e os produtores comentaram que vocês os ajudaram na contabilidade, a organizar o setor financeiro da empresa.

Temos no nosso quadro engenheiros, cineastas, gente da área de educação e estamos ajudando pessoas de economia criativa ou empreendedorismo cultural, que fazem da criatividade seu negócio.

Atuamos na área de pesquisa e desenvolvimento ajudando com roteiristas, com a intenção de sistematizar programas e a canalizar a criatividade de um cara como o Sérgio (Tastaldi), da Turma do Papum, por exemplo, e até mesmo a pensar a questão empresarial, escrever um plano do negócios, imaginar, a partir de uma ideia, vários produtos. Como fazer um game para os personagens de um seriado ou livros interativos para tablets.

E que outros cases você pode destacar?

Tem dois cases recentes bem interessantes. Um chama Rumo à Terra Sustentável, que fizemos para a Secretaria de Desenvolvimento Economicamente Sustentável do Estado. O desafio era criar uma ferramenta, uma peça de comunicação que mostrasse para a população oportunidades de desenvolvimento sustentável e incentivasse jovens a seguir carreira nesse setor. O outro case trabalhamos junto à UFSC para o Ministério do Esporte e da Tecnologia.

Criamos um ambiente de imersão, um telão de 10 metros por quatro, que funciona como um estande do Ministério do Esporte e mostra projetos inovadores desenvolvidos no Brasil para as Olimpíadas e a Copa do Mundo. Usamos sensores de gestos, então você tem a sensação de estar dentro de um museu onde as obras de arte são esses projetos.

Existe um grupo de pesquisa dentro da UFSC que investiga tecnologia e aprendizado e que acredita que a tecnologia evolui, mas a educação não acompanha. A aula depende ainda de giz e lousa?

A gente também acredita que podemos inovar muito na educação usando novas tecnologias e principalmente a questão das narrativas. No projeto Rumo à Terra Sustentável transformamos uma aula em um jogo, uma grande aventura. Então existe um objetivo a cumprir, você vai jogando e marcando pontos, e com isso transformamos uma coisa chata, que é uma prova, em um momento divertido. A gente inova bastante usando conhecimento de neurociências e arte para criar novas formas de educação.

Que tipo de empresa pode procurar vocês?

Todas da economia criativa. Principalmente na área de games, conteúdo para televisão, espetáculos, eventos... Temos conversado com a Cláudia Leitão, da Secretaria Nacional de Economia Criativa, e estamos contribuindo nos debates da estruturação desse setor no Brasil.

DIÁRIO CATARINENSE
Divulgação / Contraponto TV

A Turma do Papum é uma série feita para a internet que contou o apoio do Instituto Sapientia
Foto:  Divulgação  /  Contraponto TV


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