Itapema FM | 14/08/2013 08h32min
Excepcionalmente, a noite desta quarta-feira no Palácio dos Festivais terá a exibição de dois longas brasileiros — e nenhum estrangeiro. Os títulos do 41º Festival de Cinema de Gramado que concorrem nessa categoria hoje são Os Amigos (2013) e Até que a Sbórnia nos Separe (2013). Dirigido por Lina Chamie, Os Amigos acompanha um dia na vida do arquiteto Théo (Marco Ricca). Do despertar até a manhã seguinte, o protagonista vai vivenciar experiências, evocar lembranças e sentir as emoções mais diversas enquanto desloca-se pela caótica São Paulo contemporânea, encontrando pessoas e cumprindo compromissos — que vão de um funeral a uma balada.
A cineasta volta a investigar a condição humana, casando naturalismo com devaneio metafísico, existencial e poético — como já havia feito nos longas Tônica Dominante (2001) e A Via Láctea (2007). Os Amigos é recheado de referências mitológicas — Théo é um Ulisses moderno, cuja odisseia de um dia depara com os obstáculos da megalópole. Além do excelente Ricca, destacam-se no elenco nomes como Dira Paes — a melhor atriz do cinema brasileiro atual —, Sandra Corveloni, Alice Braga, Caio Blat, Fernando Alves Pinto e Maria Manoella.
Já Até que a Sbórnia nos Separe leva para o cinema de animação os hiperbólicos Kraunus Sang e Maestro Pletskaya — personagens criados pelos músicos e atores Hique Gomez e Nico Nicolaiewsky para o espetáculo Tangos & Tragédias. Dirigido por Otto Guerra e Ennio Torresan Jr., o desenho tem direção de arte de Pilar Prado e Eloar Guazzelli — talentoso artista gráfico dono de um dos mais elegantes traços da ilustração brasileira. A história conta o que aconteceu antes de a dupla Kraunus e Pletskaya abandonar sua terra natal: como os cerca de 1 milhão de espectadores que já assistiram à montagem teatral sabem, a Sbórnia, que era ligada ao continente por um istmo, se desgrudou — e hoje navega pelos mares do mundo.
O isolamento desse país esquisito, no entanto, é quebrado antes de se desgrudar quando cai o muro que protegia o lugar das influências externas. O choque cultural bagunça a vida dos sbornianos, especialmente a de Kraunus, músico arraigado às tradições de sua terra — como tomar diariamente o chimarrão feito com a flor bezuwim. Já o acordeonista Pletskaya acaba se apaixonando por uma bela moça do país vizinho — dublada pela cantora Fernanda Takai. Além da vocalista da banda Pato Fu, Até que a Sbórnia nos Separe conta com as vozes de Arlete Salles, André Abujamra — também compositor da trilha sonora original — e dos próprios Hique e Nico.
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Programação desta quarta-feira, no Palácio dos Festivais:
10h – Reprise Mostra Competitiva (longas)
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