A partir desta quinta feira a capital paulista vive o design em diferentes manifestações com a realização da 2ª Design Weekend. Confira a entrevista com o idealizador do evento, o catarinense Lauro Andrade.

Como acontece e de que maneira o DW! promove o design? Atinge que público? 
Lauro Andrade _ Os festivais de design, que mobilizam cidades são realizados em todo o mundo há várias décadas. Mais do que celebrações, os eventos transformaram-se em grandes plataformas de promoção do design, geração de negócios e cidadania. No DW! convidamos empresas, instituições de ensino, profissionais, ongs e outros protagonistas do setor a realizar eventos, que acontecem em centenas de lugares de São Paulo, como museus, galerias, lojas, praças, parques e outros espaços públicos

Quais as novidades desta segunda edição?
Andrade _ As grandes novidades de 2013 são a realização de mais de 20 eventos no Parque do Ibirapuera (no prédio da Bienal, MAM e Museu Afro). Apresentaremos um novo conceito de espaço urbano baseado nos Parklets americanos, as Zonas Verdes. Teremos a realização simultânea de seis feiras de objetos e artesanato em diversos centros de exposições pela cidade (Made, Gift, Paralela, Craft, Abup, Feira Vila Madalena e Têxtil House Fair). Haverão bike tours e exposição de design de bicicletas. Mais de 70 lojas,galerias e museus com lançamentos de produtos, instalações e exposições. Serão realizadas semanas de design em universidades como a Belas Artes, Feira de Livros de Design e Design de Livros no Instituto Europeu de Design. Destaque também para ações de moda e design em diversas estações do metrô de SP e a exposição de propostas de adoção de espaços públicos pelas comunidades e financiamento por crowdfunding.

Hoje o evento é realizado em SP. Existe a possibilidade de expandir para outros estados? SC, por exemplo, receberá a Bienal Brasileira do Design. A DW! pode vir para cá também?
Andrade _ Sem dúvida o modelo pode ser replicado, desde que adaptado às realidades, vocações e grandezas de cada cidade. Acompanhamos pessoalmente a escolha de Florianópolis para sediar a próxima Bienal, em evento que aconteceu em Belo Horizonte (MG) no ano passado. Ficamos pessoalmente muito orgulhosos e temos certeza que sob a coordenação estratégica do SC Design e Fiesc teremos um grande evento em 2015. E não só para a Capital, mas sobretudo pela potencial integração dos diversos polos produtivos regionais que são grandes desenvolvedores e usuários do design em setores como têxtil, metalmecânico, moveleiro, cerâmico, etc.

Como você vê o design nacional? Este evento vem de encontro a tornar o design (a informação do design) mais acessível?
Andrade _ O design é ferramenta essencial em processos de inovação, que por sua vez é base para a competitividade do país. As indústrias e o setor de economia criativa brasileiros devem criar cada vez mais sinergias e integrações. Eventos como o DW! e Bienal conectam esses mundos. Esta fórmula é essencial para que as empresas brasileiras tenham capacidade de competir e se diferenciar dos concorrentes internacionais, principalmente os de preços muito baixos.  　　

Programação completa da DW! no site www.designweekend.com.br