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Itapema FM  | 30/07/2013 13h53min

Segundo Marcos Veras, ator de "Atreva-se", a turnê da peça "não tem hora para acabar"

O ator conversou com a Itapema FM sobre o espetáculo que será apresentado em Florianópolis neste final-de-semana

Marina Martini Lopes  |  marina.lopes@itapemafm.com.br

Um elenco versátil, com experiência em diversos meios, chega a Florianópolis neste final-de-semana, para apresentar a peça Atreva-se: Marcos Veras, Júlia Rabello, Mariana Santos e Carol Martin são rostos conhecidos não só do teatro, mas também da TV e da internet - Mariana, por exemplo, está no humorístico Zorra Total, da TV Globo; e Marcos e Júlia fazem parte do elenco do programa de humor independente Porta dos Fundos. Escrita por Maurício Guilherme e dirigida por Jô Soares, Atreva-se é inspirada no antigo cinema noir, em preto-e-branco, e definida como "uma comédia de mistério". Para entender melhor o que seria a tal comédia de mistério, a Itapema entrevistou o ator Marcos Veras, conhecido também por seu trabalho no programa Encontro com Fátima Bernardes. Veja como foi a conversa.

Itapema: Atreva-se é descrita como uma "comédia de mistério". Como é isso?
Marcos: A história se passa em três épocas diferentes, mesmo que sempre no mesmo cenário, uma mansão. E todos os personagens, das três épocas, são misteriosos, meio sinistros. Mas eles se levam a sério demais, e, de sérios, não têm nada: aí é que está a comédia. O estilo é parecido com o dos próprios livros do Jô Soares, que têm muito isso de misturar o suspense e a comédia. A interpretação também é exagerada de propósito, porque nós estamos fazendo uma homenagem ao cinema noir, àqueles filmes antigos, em preto-e-branco. Tem muito humor, mas é um humor elegante, cheio de referências.

Itapema: Se a história se passa em três épocas diferentes, você interpreta vários personagens diferentes; é isso?
Marcos: Sim, eu interpreto três personagens bem diferentes entre si: o corretor da mansão, que é o mais misterioso dos três; um personagem cadeirante, meio infantil, dissimulado; e um galã - na verdade ele é metido a galã, metido a Don Juan, mas é um canastrão. (risos)

Itapema: E como é interpretar papeis tão diferentes em tão pouco tempo? É fácil "trocar" de um personagem para outro?
Marcos: É uma delícia! Fazer isso é um playground para o ator, é muito divertido. A voz do personagem muda, o figurino muda... As trocas de roupa têm que ser sempre muito rápidas, com muita agilidade. Eu adoro.

Itapema: Você é bastante versátil: faz rádio, TV, teatro, internet; trabalha como ator, repórter, comentarista... Como é transitar por todos estes meios? Você tem algum favorito?
Marcos: Olha, quando me perguntam se eu sou ator, se sou comediante, se sou humorista, eu prefiro dizer que sou artista. Eu gosto do meu trabalho e da versatilidade dele. Não gosto de ficar na minha zona de conforto. O humor é meu carro-chefe, está presente em todos estes trabalhos; mas, claro, se precisar fazer alguma coisa mais séria, eu vou fazer. Não consigo eleger um preferido.

Itapema: E a direção do Jô Soares? Como é ser dirigido por alguém que é um ícone do humor no Brasil?
Marcos: Olha, eu já sabia que o Jô é um cara extremamente culto, extremamente inteligente - isso todo mundo sabe. Mas isso aparece em dobro quando ele trabalha como diretor. O Jô tem uma sensibilidade teatral incrível. Ao mesmo tempo em que é muito carinhoso, tanto com o elenco quanto com a própria peça, ele também é muito disciplinado - e eu gosto disso, porque também sou assim. O bom é que o Jô também conhece o lado do ator, já que ele mesmo é comediante, então ele entende que o humorista tem essa necessidade de criar, de improvisar, e ele permite isso - desde que não fuja das características da peça, claro. Nós tivemos dois meses ótimos, em que ficávamos ensaiando na casa do próprio Jô, às vezes até duas, três da manhã. Foi uma experiência muito boa.

Itapema: Atreva-se está em cartaz há um ano. Você já sabe até quando a peça vai ser encenada?
Marcos: Este trabalho não tem hora para acabar. Nós ficamos seis meses em cartaz em São Paulo, mais seis meses no Rio de Janeiro, e agora estamos viajando: esse tempo todo, para uma peça de teatro, representa um sucesso enorme. A receptividade tem sido incrível em todos os lugares por onde passamos.

Serviço
Atreva-se
Quando: Sábado, dia 3 de agosto, às 21h; e domingo, dia 4 de agosto, às 19h
Onde: Teatro Ademir Rosa, no CIC (Centro Integrado de Cultura), em Florianópolis - Avenida Gov. Irineu Bornhausen, 5600, Agronômica
Ingressos: Inteira a R$ 60, meia a R$ 30. Descontos para Clube do Assinante do Diário Catarinense e associados Porto Seguro.
Pontos de venda: Bilheteria do CIC (de segunda a sexta-feira, das 13h às 19h), ou pelo site Blueticket (www.blueticket.com.br)
Informações: (48) 3953 2345

ITAPEMA FM
Atreva-se / Priscila Prade

Em "Atreva-se", Marcos Veras encarna três personagens diferentes
Foto:  Atreva-se  /  Priscila Prade


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