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Itapema FM  | 17/07/2013 11h09min

Stevie Wonder diz que não tocará na Flórida enquanto o estado tiver lei com polêmica racial

Procurador dos EUA pediu revisão das leis de 'legítima defesa'

O procurador-geral dos Estados Unidos, Eric Holder, defendeu nesta terça-feira a revisão das leis que permitem o uso de força letal sob o conceito de legítima defesa, em meio aos protestos pela morte do jovem negro Trayvon Martin por um vigilante. Enquanto isso, o músico Stevie Wonder prometeu tomar uma iniciativa de protesto:

— Decidi que até que a lei 'Defenda sua terra' seja abolida na Flórida, não vou cantar no estado — disse Wonder no domingo, em Quebec City, onde participou do festival de verão. — Na verdade, não vou cantar em qualquer estado ou região do mundo onde exista uma lei como essa — completou.

No sábado passado, um júri formado por seis mulheres - cinco brancas e uma de origem hispânica - absolveu o vigia branco George Zimmerman em um veredicto que dividiu a Nação, entre os que acreditam que o vigilante agiu em legítima defesa e os que pensam que atirou motivado por racismo. Zimmerman era acusado de perseguir e atirar em Martin, que estava desarmado, durante uma briga que tiveram em um bairro de Orlando, em fevereiro do ano passado.

A lei de legítima defesa aprovada na Flórida em 2005, chamada por seus detratores de "Atire primeiro e pergunte depois", é a mais permissiva dos EUA. Segundo Holder, "ao permitir e até alentar situações com risco de fomentar a violência pública, leis como esta ameaçam a segurança pública".

Líderes religiosos negros prometeram nesta terça-feira aproveitar a indignação provocada pelo caso Trayvon Martin para tentar revogar leis americanas que permitem o uso de armas diante de uma ameaça e exigir direitos civis.

Em frente à sede do Departamento de Justiça, em Washington, o reverendo Al Sharpton, da igreja Batista e ativista dos direitos políticos e civis, anunciou um Dia de Justiça Nacional em memória ao jovem Trayvon no sábado, com manifestações em mais de 100 cidades em todo o país. Sharpton acrescentou que "dezenas de milhares" vão se reunir em Washington para uma marcha de protesto no dia 24 de agosto, antes do quinquagésimo aniversário da histórica marcha liderada por Martin Luther King na capital americana.

AFP
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