Para a maioria das pessoas, os problemas com a mãe podem ser resolvidos no consultório de um bom psicólogo. Mas no caso de Norman Bates, que adquiriu o hábito de assassinar pessoas travestido como a própria genitora, é preciso mais do que um divã – é preciso uma série de TV só para ele.

Bates Motel, que estreia hoje no Brasil (Universal Channel, 22h) depois de uma primeira temporada com excelente audiência nos EUA, vem justamente jogar luz sobre a formação de um dos psicopatas mais famosos do cinema.

Como é possível deduzir, a série bebe do clássico Psicose (1960), mas não fica restrita ao universo criado por Alfred Hitchcock e protagonizado pelo personagem Bates. Estão lá o hotel de beira de estrada e seu famigerado casarão na colina, mas Bates Motel se passa nos dias atuais e estende sua trama a White Pine Bay e seus moradores, que acolhem o então adolescente Norman Bates (Freddie Highmore) e sua mãe, Norma (Vera Farmiga).

A dupla se muda para a cidadezinha tentando recomeçar a vida após o falecimento do pai de Norman, morto em circunstâncias misteriosas. Mas, em pouco tempo, percebe-se que, além da mãe ciumenta e controladora, White Pine Bay também irá contribuir sobremaneira para a (de)formação da psiquê do garoto – que já não é lá essas coisas.

A recriação dos primeiros anos de Norman Bates pelo escritor Anthony Cipriano inclui um meio-irmão mais velho, Dylan (Max Thieriot), que tenta desfrouxar os estranhos laços entre mãe e filho. Também foram incluídos personagens que irão se envolver amorosamente com Norma e Norman, embora com intenções – e intensidades – diferentes.

Ao final do capítulo de estreia de Bates Motel, um pensamento é inevitável: e você achando que tinha problemas com a sua mãe...