Itapema FM | 01/07/2013 07h02min
Enquanto algumas companhias de dança crescem, alcançam premiações e constroem uma trajetória de reconhecimento no País, outras provam pela primeira vez a experiência compartilhada há 30 anos no mês de julho em Joinville. O evento que carrega o título de maior do mundo é encarado como escola de oportunidades pelos grupos que estreiam neste ano.
A viagem de mais de 3,5 mil quilômetros sempre foi um empecilho para o Grupo de Dança Tablado, de Fortaleza, fazer parte do encontro anual. Dirigido por Graça Martins, jurada e professora do Festival, o conjunto mantinha o interesse pelo evento, mas por ser independente penava para incluir os custos de deslocamento no orçamento. Neste ano, três bailarinos resolveram embarcar para o Sul para mostrar pela primeira vez o trabalho que realizam em dança flamenca.
Por Graça fazer parte da avaliação dos trabalhos, o grupo não pôde se candidatar à Mostra Competitiva, mas inscreveu quatro coreografias para os Palcos Abertos — "Fandango de Huelva", "Farruca Flamenca", "Alegrías" e "Baile por Alegrias".
— Isso não tira a vontade de ir a Joinville. O que buscamos é a troca de experiências — afirma a integrante Raissa Martins. O grupo vai aproveitar a estada na cidade para fazer cursos oferecidos pelo evento.
O nome Aracy Almeida, primeira-bailarina do Theatro Municipal de São Paulo e membro da Royal Academy of Dance, é tão conhecido quanto o seu grupo paulista que participa do Festival de Joinville há pelo menos dez anos, destacando bailarinos inclusive com premiações especiais, como foi o caso de Flávia Garcia Nascimento, eleita a melhor de 2003, e o troféu revelação, em 2009. Neste ano, uma nova tradição inicia-se em torno do mesmo nome. Será a primeira vez que Aracy traz sua outra escola de Praia Grande (SP) para competir em Joinville.
— Eu quem quis mandar os vídeos. Acho que será um grande crescimento para as alunas e fará com que elas queiram melhorar a cada ano — justifica Aracy.
O Studio de Dança Aracy Almeida já estreia competindo. As bailarinas de 11 a 12 anos são candidatas no Meia Ponta de balé clássico, mas a escola também traz outros trabalhos para apresentações em espaços alternativos.
Na Le Pliè Escola de Dança, do Rio de Janeiro, o objetivo é praticamente o mesmo. A maioria das alunas é bolsista do projeto social paralelo às atividades da instituição, fundada em 2008.
— Começamos a participar de festivais em 2011 e no ano passado senti a vontade de dar um passo maior e nos inscrever para Joinville — conta a diretora Christiane Scaldini, que já participou do evento como bailarina.
As 20 alunas da Le Pliè estão organizando, inclusive financeiramente, a vinda para a cidade desde o ano passado.
— A participação nos Palcos Abertos será importante para elas darem encaminhamento à carreira profissional — garante Christiane.
Confira a página especial do Festival de Dança de Joinville.
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