Itapema FM | 01/07/2013 08h04min
Há oito meses, o então candidato a prefeito de Joinville Udo Döhler sentava-se em sua sala de reuniões para assumir a mesma posição que os outros quatro candidatos a administrador da cidade no período de 2013 e 2016: responder sobre seus planos para a cultura. Na época, assuntos como a construção de um Teatro Municipal para Joinville, a reforma das unidades de cultura — a maior parte estava interditada ou em obras de reparos — e a transformação do Centreventos Cau Hansen e da Cidadela Cultural Antarctica em espaços fundalmente plenos para uso da comunidade, traziam soluções simples de convênios e emendas para serem resolvidos.
Seis meses depois da posse e após a decisão de colocar o vice-prefeito, Rodrigo Coelho, na presidência da Fundação Cultural, "Anexo" volta a perguntar sobre as resoluções que o governo já tomou e os planos para o futuro. Agora, é Coelho quem assume a posição do outro lado da mesa, contando com o diretor executivo da Fundação Cultural, Joel Gehlen, para divulgar o primeiro semestre de ações.
O Centreventos Cau Hansen fez 15 anos e sofreu uma ameaça de interdição. No plano, estava a reforma do Centreventos Cau Hansen, concluindo a execução do projeto original. O que já foi feito?
Não há projetos ou convênios para fazer a conclusão. Em janeiro, foi produzido um dossiê com o levantamento de tudo o que precisa ser recuperado na estrutura. Entre os itens que precisam de adequação estão a documentação com alvará dos bombeiros e a licença permanente, que o local ainda não possuia. Uma emenda parlamentar de R$ 3 milhões vai garantir a climatização total do prédio. A conclusão do projeto original, no entanto, ainda não tem prazo para ser começada.
A promessa de construção de um teatro municipal atravessou gestões e estava nas prioridades do plano de campanha. Como está este projeto?
Está no plano, mas ainda não há discussões sobre a sua construção. A ideia é que seja na Expoville, mesmo com o consórcio com a Viseu-Caex, em um terreno atrás do centro de convenções. Construir um teatro no estacionamento do Centreventos Cau Hansen ou adaptá-lo para tornar-se o teatro municipal estão fora de cogitação. No entanto, ainda não há data, projeto ou fonte de financiamento definida para o projeto de um teatro municipal.
Como está o processo para desinterditar as unidades de cultura como a Casa da Cultura e os museus?
Esta é a prioridade da gestão neste momento. Não adianta querer construir alguma coisa sem reabrir o que temos. A Casa da Cultura Fausto Rocha Júnior está em fase final de reformas e os alunos devem voltar à sede em agosto. As reformas dos museus sofreram deserta nos editais de licitação e devem ser restaurados por empresas contratadas pela Prefeitura Municipal de Joinville. A promessa era de que as empresas responsáveis pela reforma dos museus seriam contratadas até o fim de julho, mas ainda não há previsão para que elas sejam escolhidas e comecem a trabalhar.
O Complexo Cultural Antartica receberia exclusivamente instalações destinadas à cultura, como a construção do Museu de Arte Contemporânea Luiz Henrique Schwanke. O que já foi feito deste projeto?
O Ittran deve sair da Cidadela Cultural Antarctica até o fim de 2013, cedendo seu espaço para a cultura. Ainda não é certo, mas ele deve ir para a antiga prefeitura, na rua Max Colin. O Museu de Arte Contemporânea, que está em fase final de análise do orçamento total para as obras. Ele deve ser construído com patrocínios ou leis federais, já que é um projeto muito caro. Em outros sentidos, não há projetos iniciados para revitalizar a Antarctica.
No plano, afirmava-se que haveria o fortalecimento do Sistema Municipal de Desenvolvimento pela Cultura (Simdec). No entanto, em 2013 houve um corte que levou o orçamento a passar de 2,3% para 2% da arrecadação do IPTU e do ISS. Como resolver esta questão?
Apesar do corte, o Simdec foi fortalecido com as alterações de algumas categorias dos dois mecanismos, o edital e o mecenato. Não é apenas de valores que se faz o sistema, ele não se resume a isso. Para o futuro, por exemplo, estamos prevendo a criação de um edital específico para o patrimônio, que hoje consome cerca de R$ 600 mil deste orçamento.
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