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Itapema FM  | 18/06/2013 16h24min

"Temos interesse na parceria", diz diretor do Sesc sobre entidade assumir gestão do Teatro Álvaro de Carvalho, na Capital

TAC, no Centro, poderá deixar administração da Fundação Catarinense de Cultura em breve

Fernanda Oliveira  |  fernanda.oliveira@diario.com.br

Enquanto aguarda o comunicado oficial sobre o parecer da Procuradoria Geral da República que torna possível a transferência da gestão do Teatro Álvaro de Carvalho para dar início à discussão técnica do assunto, o Sesc SC adianta informações sobre a futura parceria e confirma que há interesse em assumir o TAC pelos próximos anos.

Confira entrevista com o Diretor Regional do Sesc em Santa Catarina, Roberto Anastácio Martins, concedida por e-mail.

O Sesc SC tem efetivamente o interesse de fazer uma parceria para administrar o TAC?

Roberto Anastácio Martins – Sim, temos interesse nessa parceria público-privada, uma vez que o patrimônio permanece público, mas o espaço fica sob a gestão privada por determinado tempo. Dessa forma, é possível revitalizar e manter o espaço, dinamizando e oferecendo programações acessíveis à população.

A iniciativa da negociação partiu do Sesc?

Martins – A formalização do pedido partiu do Sesc, havendo um interesse mútuo de que o Teatro Álvaro de Carvalho fosse preservado e mantivesse programação regular, de qualidade e acessível.

Qual a motivação do interesse?

Martins – O Teatro Álvaro de Carvalho é uma edificação de importância histórica e arquitetônica para Santa Catarina. O interesse do Sesc em administrar esse espaço vem da preocupação da instituição em relação à preservação do patrimônio, bem como de seu compromisso em manter uma agenda cultural regular, de qualidade e acessível à população catarinense.

O interesse está relacionado à capacidade de público reduzida do teatro do Sesc Prainha hoje?

Martins – O Teatro do Sesc Prainha figura como um dos únicos espaços culturais com programação diária de espetáculos em Florianópolis, recebendo grande número de artistas catarinenses e também circuitos de espetáculos nacionais. É um teatro de 80 lugares, com grande procura e um reconhecimento do público e dos artistas. O fato de ter capacidade de público reduzida não é a maior motivação do Sesc em gerir o TAC. Entretanto, é notório que poderemos ampliar o acesso da população às programações do Sesc, aumentando não apenas a capacidade de público, mas a possibilidade de receber espetáculos de maior porte. O Teatro Sesc Prainha continuará em funcionamento, atendendo a espetáculos que necessitem de espaços não convencionais, além de poder abrigar oficinas, seminários e programação regular de cinema.

Há outros casos de teatros públicos administrados pelo Sesc no Brasil?

Martins – O exemplo mais próximo que temos é o do Paço da Liberdade, em Curitiba, espaço cedido em 2009 pelo município em comodato para o Sesc por um período de 20 anos, com possibilidade de renovação. O Sistema Fecomércio no Paraná restaurou e devolveu à população esse espaço histórico, que estava fechado há cinco anos, resgatando o patrimônio e o mantendo ativo, com a realização de várias ações culturais e programação intensa.

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DIÁRIO CATARINENSE
Ricardo Wolffenbüttel / Agencia RBS

TAC: Interesse do Sesc está em preservar patrimônio e manter agenda cultural regular
Foto:  Ricardo Wolffenbüttel  /  Agencia RBS


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