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Itapema FM  | 18/06/2013 07h11min

Coreógrafa pentacampeã do Festival de Dança recomeça em nova companhia

Liliana Vieira não compete mais pela Academia de Dança Corpo Livre

RAFAELA MAZZARO  |  rafaela.mazzaro@an.com.br

Este é um ano atípico para a coreógrafa Liliana Vieira. À frente por 18 anos do Grupo de Dança Academia Corpo Livre, com o qual foi pentacampeã na Mostra Competitiva do Festival de Dança de Joinville, ela passa a vestir seu próprio nome na próxima edição do evento. Embora o elenco de bailarinas se mantenha, a Companhia de Dança Liliana Vieira estreia na 31º edição marcando o fim de uma era de ouro do grupo joinvilense que mais acumulou vitórias na história do evento.

A mudança não foi fácil para a coreógrafa de danças populares e jazz. Por motivos pessoais, ela precisou abrir mão da marca que desde 2007 é quase um grito de guerra na boca do público quando as bailarinas joinvilenses subiam ao palco do Centreventos Cau Hansen.

No início deste ano, Liliana correu contra o tempo para reunir o elenco de jovens que ensaiava para convencê-lo de uma nova proposta. Liliana montou três coreografias com o novo nome, duas de conjunto infantil e uma de júnior. O resultado foram duas aprovações e uma indicação para Palcos Abertos.

O sinal positivo na avaliação fez a insegurança de Liliana cair por terra. Agora ela se vê pronta para reconquistar os prêmios que conseguiu por trás da marca Corpo Livre — a academia continua oferecendo aulas de dança, mas não chegou a inscrever coreografias para esta edição do Festival.

— Eu era a alma da Corpo Livre. Na verdade, serei sempre Corpo Livre onde eu for. O grupo é só uma família que se deslocou — afirma a coreógrafa.

Em 2012, o antigo grupo de Liliana foi o único joinvilense entre os escolhidos pela curadoria artística do Festival de Dança para a Noite de Gala, que reuniu 14 companhias de destaque no evento em um espetáculo especial comemorativo às 30 edições com direção de Ricardo Scheir. A Corpo Livre é nome presente no Meia Ponta, Mostra Competitiva e Palcos Abertos do Festival desde 1999, sempre com a coordenação e coreografia de Liliana.

— Em 2000 conquistamos nosso primeiro lugar. Mas o auge da Corpo Livre foi em 2007. A partir desse ano ganhamos prêmios em todas as edições — lembra.

No ano passado não foi diferente. A Corpo Livre ficou em primeiro lugar no Meia Ponta. Já na Mostra Competitiva não obteve êxito como nos cinco anos anteriores.

— Foi um aprendizado para todas nós. As meninas também precisam aprender a lidar com a derrota — conta.

Com a mudança de nome e sede, Liliana perde a vaga garantida no Meia Ponta, privilégio dos grupos que conquistam a primeira colocação.


Linha do tempo de vitórias da Corpo Livre


2007 - "A Rússia aos Nossos Olhos"
A coreografia que rendeu a primeira vitória a Corpo Livre no 25º Festival de Dança era inspirada na cultura russa. Com trajes branco e vermelho, 25 bailarinas formaram o elenco da apresentação ao som de "Night on Bald Mountain", de Modest Mussorgsky. No mesmo ano, o grupo também recebeu uma menção honrosa, a "Joinville Nossa História, Nossa Dança", pelo trabalho desenvolvido no Meia Ponta.

2008 - "Alegria Mexicana"
As saias volumosas fizeram toda a diferença na coreografia campeã de 2008. Novamente o conjunto sênior se deu bem com a sincronia e pesquisa intensa de Liliana Vieira. A surpresa ficou na entrada de seis bonecos típicos mexicanos que interagiam com as bailarinas. Desta vez, o grupo levou o elenco de 30 integrantes, com cenário de Juliana Valle.

2009 - "A Noite na Polinésia"
Marcante no repertório da Corpo Livre, o trabalho chegou a ser escolhido pelo diretor Ricardo Scheir para retornar ao palco do Centreventos Cau Hansen na programação especial do Noite de Gala da 30ª edição. Na competição, as bailarinas mostraram a dança polinésia com música ao vivo, enquanto a gala contou com apenas um trecho da performance.

2010 - "Parintins, Magia Amazônica"
A coreografia tetracampeã do Festival foi inspirada na cultura brasileira, com direito a bailarinas vestidas de índias e representação do boi-bumbá, tradicional na região. A música escolhida foi "Índio do Brasil", de David Assayag, hino do Boi Garantido no Festival Folclórico de Parintins de 2004. O cenário trouxe um pouco do espírito da floresta para o Centreventos.

2011 - "Tambores da Bahia"
O trabalho que fez sucesso neste ano também veio dos brasileiros. Roupas com as cores do Olodum e até percursionistas ao vivo embalaram as palmas da plateia. Com a colocação, a coreografia participou do Grand Prix do Festival de Dança de Joinville em Paulínia (SP) e chegou a ficar entre os escolhidos para a noite de gala, que reuniu os melhores de todos os gêneros e categorias deste ano.

Rodrigo Philipps / Agencia RBS

Coreógrafa participa de evento neste ano com dois trabalhos
Foto:  Rodrigo Philipps  /  Agencia RBS


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