Itapema FM | 15/05/2013 22h41min
Imagine-se diante de uma situação complicada para seus negócios quando, de repente, aquele cenário lhe faz ter a grande sacada da sua vida. Na noite desta quarta-feira, durante o painel da Expogestão que tratou de cultura empreendedora, três catarinenses contaram como construíram empresas de sucesso. Acari Menestrina, fundador e presidente da Gran Mestri e fundador e ex-presidente da Cedrense; Hildo Battistella, fundador do Porto de Itapoá; e Sônia Hess, presidente da Dudalina, explicaram por que seus negócios deram certo.
— Empreendedorismo é coragem —, afirmou a presidente da Dudalina. Ela aprendeu com a mãe, dona Adelina, a captar as oportunidades. Em 1957, a matriarca da família decidiu transformar um tecido que havia encalhado no estoque do armazém de secos e molhados do marido em camisas. Sônia usou o exemplo da mãe e, em 2010, teve uma nova sacada: camisas para mulheres.
— Foi um sucesso absurdo e imediato. Desde então, constatamos todos os anos um crescimento de mais 50% nos resultados da empresa —, destacou Sônia.
Para Acari, o insight veio quando ele percebeu que não havia a cultura de criar vacas no Oeste do Estado.
— Tínhamos uma necessidade tremenda de conseguir matéria-prima para produzir laticínios. A região tinha potencial e fui atrás.
Ele incentivou a atividade e, em pouco tempo, a região contava com um grupo de produtores. Acari é viciado em inovação. Voou mais de 4 mil km pelo mundo em busca das melhores tecnologias em laticínios.
A determinação o fez construir a Cedrense e, quando a empresa já era referência no setor, teve outra sacada.
— O mercado brasileiro ainda tinha necessidade de importar produtos de alta qualidade. Fui para a Itália e voltei com o acerto de uma joint venture. Importamos a tecnologia para produzir o queijo mais nobre do mundo. Nascia a Gran Mestri.
Hoje, SC é a bacia leiteira que mais cresce no País _ em 2012, foram 7,2% _, e a fábrica de Acari se tornou referência mundial, com capacidade para produzir 30 toneladas por dia.
Já Hildo Battistella, há 20 anos, percebeu a necessidade de construir um porto como o de Itapoá, o primeiro com cais offshore _ com a estrutura em águas profundas e ligada ao terminal por meio de uma ponte _ do Brasil.
— Em 1990, a produção de madeira podia ser exportada pelo Porto de São Francisco do Sul. Não havia o movimento de hoje. Começou a aparecer a demanda da soja, que tinha prioridade, e percebi a necessidade de outro porto.
Foi em uma viagem de avião que ele notou a diferença de cor nas águas que contornam Itapoá. O tom do azul indicava que ali era possível aportar navios. Hoje, o terminal é referência.
— Os problemas foram aparecendo e sempre vão aparecer. A diferença está na determinação em querer encontrar uma solução —, disse Hildo.
Conversa entre Hildo (D), Acari e Sônia foi mediada por Anacleto Angelo Ortigara, diretor do Sebrae (E)
Foto:
André Kopsch
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Divulgação
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