Itapema FM | 14/05/2013 21h01min
A urgência é pelo fator histórico, muito além da necessidade de espaços para exposição. Desde que foi fechado para reformas, o Museu de Arte de Joinville passou por poucas intervenções entre as que estavam na lista de reformas, mas nunca deixou de abrir as mostras. No entanto, em um ano e oito meses de portas fechadas, a Casa Ottokar Doerffel vem perdendo sua identidade enquanto aguarda que a lista de itens que precisam de reparos seja atendida.
Para o atual coordenador do Museu de Arte, Marcos Rück, os anexos da Cidadela Cultural Antarctica — que já abrigavam exposições antes da interdição e hoje é a atual "casa" do museu — se tornaram uma boa alternativa para sediar o espaço de arte.
— A casa tem uma ligação sentimental e histórica com a cidade, mas a função do museu é colecionar as obras para a memória e conservá-las. Para isso e para as exposições, a Cidadela tem sido perfeita — defende Rück.
As qualidades dos anexos da Cidadela são o pé-direito alto, paredes amplas e o chão cinza, que beneficiam as exposições, enquanto a estrutura da Casa Ottokar Doerffel precisava ser adaptada para receber a montagem de diferentes propostas de mostras. No ano passado, os anexos receberam investimentos para também serem reformados, já que alguns espaços do museu ficarão definitivamente na Cidadela.
É o caso da reserva técnica, que antes ficava perto do telhado da casa e não apresentava mais condições de acondicionamento. Agora, as 909 obras registradas e as cerca de cem que ainda estão à espera dos tombos do Maj ficam em uma sala climatizada a 24 ºC .
Entre elas, trabalhos de artistas joinvilenses que contam a história das artes na cidade, além de obras com assinaturas de nomes importantes no Brasil, como Lygia Clark. Os setores administrativo, educativo e a biblioteca Harry Laus também devem permanecer na Cidadela.
A reforma da sede principal do museu inclui restauração da cobertura, pintura interna e externa e reinstalação da parte elétrica. O porão, que precisava de um novo projeto elétrico, já recebeu as novas lâmpadas. Assim como no caso do Museu Casa Fritz Alt e do Museu Nacional da Imigração e Colonização, o dinheiro não é o problema para começar as reformas no Museu de Arte.
No total, um orçamento de R$ 340 mil previstos para cobrir as despesas das obras na sede e nos anexos foi disponibilizado, soma dos investimentos do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), do mecenato do Sistema Municipal de Desenvolvimento pela Cultura (Simdec) e do Fundo Municipal de Incentivo à Cultura.
O problema é a ausência de empresas interessadas em concorrer ao edital de licitação: depois de três aberturas de concorrência sem inscritos, a Fundação Cultural de Joinville pretende dispensar a licitação e fazer a contratação direta de uma construtora — prazo que o presidente da Fundação Cultural, Rodrigo Coelho, firmou para ocorrer até o fim de junho.
A reserva técnica do Maj foi montada na Cidadela Cultural Antarctica, onde deve ficar definitivamente
Foto:
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