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Itapema FM  | 13/05/2013 16h34min

Museu Casa Fritz Alt, em Joinville, aguarda por reformas há três anos

Apesar de fechado para reformas, funcionários criam alternativas para manter o lugar vivo e atender turistas e estudantes

Há três anos, quando o Museu Casa Fritz Alt fechou as portas para a visitação, a expectativa era de que este período duraria apenas alguns meses, tempo necessário para a reforma da cobertura da casa principal. Estes meses se prolongaram para um prazo indefinido: o dinheiro para a reforma existe, mas não há empresas interessadas em concorrer à licitação e cuidar dos reparos da casa construída em 1946 para ser a residência do artista alemão, morto em 1968.

Como o valor de R$ 177 mil é considerado baixo para atender a todas as especificações que um restauro como o prédio tombado necessita, as duas licitações abertas para a contratação de empresas especializadas em reformas sofreram deserta - ou seja, ninguém se inscreveu.

— Casos como o do Museu Fritz Alt, o Museu da Imigração e Colonização e o Museu de Arte são muito complicados, porque são prédios históricos e é mais difícil conseguir empresas que façam estas reformas, que são muito específicas — afirma o presidente da Fundação Cultural e vice-prefeito, Rodrigo Coelho.

Para resolver essa dificuldade, ele garante que o poder público utilizará o precedente aberto pela lei Federal nº 8.666/93, que dispensa a licitação nos casos em que há  desinteresse na realização do projeto. Com essa autorização, a contratação de uma construtora para reformar o museu deve ocorrer ainda no primeiro semestre.

— O dinheiro já tem, então queremos fazer essa contratação entre maio e junho para que a reforma esteja pronta até o fim do ano — afirma Rodrigo.

A verba para os restauros chegaram em 2011, quando a Fundação Cultural conseguiu o repasse de R$ 225 mil pelo Ministério da Cultura para obras no Fritz Alt, no Maj e no Museu da Imigração. Depois, a antiga casa do escultor precisa de reparos no piso, no projeto elétrico, reinstalação de água e projeto novo de mobiliário.

Apesar de não ter sido interditado, o museu não está mais no roteiro de turistas e estudantes. Mesmo assim, como não pode ser fechado para atendimento, quando visitantes sobem o morro que leva ao museu ou quando escolas agendam visitas, a coordenação do Museu Fritz Alt cumpre o papel de espaço de educação. Algumas áreas da casa tem acesso livre, já que não representam perigo para o público, e continuam sendo visitados.

Mesmo assim, este longo período esperando a reforma preocupa a coordenadora do museu, Linda Poll.

— O dia em que reabrirmos, vai ser como se estivéssemos começando tudo de novo. Tivemos uma perda de visitação muito grande, as pessoas esqueceram do museu — lamenta ela.

Desde março de 2010, os funcionários do museu buscaram alternativas para manter a visitação mesmo sem o acesso total à sede. Por isso, ações educativas continuaram a ser feitas dentro e fora dos limites do Fritz Alt, como oficinas no espaço multiuso (na antiga oficina do artista), a criação de uma horta no mesmo lugar em que Lea Alt mantinha a sua e a abertura de trilhas ecológicas no quintal da casa.

Na 12ª Semana Internacional dos Museus, o "Anexo" relembra a situação dos quatro principais museus de Joinville: Museu Casa Fritz Alt, Museu de Arte de Joinville, Museu Arqueológico de Sambaqui e Museu Nacional de Imigração e Colonização.

Terça-feira: Museu Casa Fritz Alt
Quarta-feira: Museu de Arte de Joinville
Quinta-feira: Museu Arqueológico de Sambaqui
Sexta-feira: Museu Nacional de Imigração e Colonização

A NOTÍCIA
Cleber Gomes / Agencia RBS

Museu Fritz Alt continua parcialmente fechado para visitação
Foto:  Cleber Gomes  /  Agencia RBS


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