Itapema FM | 13/05/2013 13h33min
A maioria dos estabelecimentos e eventos artísticos, culturais e esportivos limita, hoje em dia, o número de ingressos disponíveis para ser vendidos como meia-entrada - mas a medida é feita de modo um tanto arbitrário. Agora, porém, um projeto de lei aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara pode criar uma lei que torne obrigatório o limite de 40% do número total de ingressos para a venda de meia-entrada. A proposta foi aprovada em caráter conclusivo, ou seja, será entregue diretamente aos senadores. O projeto ainda não foi levado adiante apenas porque alguns políticos discordam de trechos do texto. Eles pedem, por exemplo, que a meia-entrada para idosos não seja incluída na mesma cota que aquela válida para estudantes. O benefício vale ainda para jovens carentes e portadores de deficiência.
O principal argumento a favor da medida é que, com menos gente pagando metade do valor do ingresso, o preço total pode ser reduzido para o público em geral. No Brasil, é comum que as entradas para eventos culturais alcancem valores altíssimos, e a meia-entrada - muitas vezes comprada de forma ilegal - é considerada um dos maiores motivos para isso. Em muitos países europeus, por exemplo, onde os ingressos em geral são muito mais baratos, a meia-entrada se limita a no máximo 25% do total, ou simplesmente não existe.
O assunto veio à tona no final do ano passado, já que, em 2012, grandes apresentações internacionais realizadas no Brasil sofreram com o encalhe de ingressos - a produção de shows como os de Madonna e Lady Gaga, por exemplo, viraram piada na internet ao realizar promoções do tipo "pague um, leve dois", para tentar, a poucos dias dos eventos, lotar o Morumbi. A lógica é simples: é mais rentável vender muitos ingressos a um preço menor, do que poucos ingressos a um preço exorbitante. E, para baixar os preços, limitar a meia-entrada poderia ser uma medida eficiente.
E você, concorda?
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