Crime e romance, ação e humor são os ingredientes nos quais o oscarizado diretor inglês Danny Boyle aposta no filme Em Transe (2013).

Na tela, porém, esse coquetel dramático só consegue se sustentar por conta do trio de ótimos protagonistas: os atores Vincent Cassel, James McAvoy e Rosario Dawson.

O thriller que entra em cartaz nesta sexta na Capital leva a assinatura do cineasta responsável por sucessos como Trainspotting – Sem Limites (1996) e Quem Quer Ser um Milionário? (2008) – vencedor de oito Oscar, inclusive melhor filme e direção. Na história de Em Transe, Simon (James McAvoy) é um leiloeiro de arte que se une a uma quadrilha para roubar um valioso quadro do pintor Goya. No entanto, depois de sofrer uma pancada na cabeça durante o assalto, o personagem acorda sem nenhuma lembrança de onde escondeu a obra milionária. Quando nem sob tortura Simon consegue recordar o paradeiro da pintura, o líder da gangue Franck (Vincent Cassel) contrata uma hipnoterapeuta (Rosario Dawson) para mergulhar na mente do leiloeiro e tentar extrair a informação. O rocambolesco enredo, no entanto, prepara surpresas e reviravoltas – tornando a trama excessivamente embaralhada e inverossímil.

– Quando o Danny Boyle me chamou, já sabia que devia ser algo legal. Depois, quando vi o roteiro, achei muito interessante, porque, do início até o final, eu não sabia o que ia acontecer. Legal poder usar a minha imagem de vilão no cinema, mas que também vira uma figura romântica. O roteiro é muito inteligente e surpreendente. Muito legal também foi ter no papel central uma atriz superlinda, inteligente – contou, em fluente português, o simpático francês Vincent Cassel em entrevista a Zero Hora.

Há quatro meses morando no Rio de Janeiro, o marido da sensual atriz italiana Monica Bellucci já estrelou o longa brasileiro À Deriva (2009), de Heitor Dhalia, e vem alternando sua carreira entre filmes franceses e produções internacionais – como Doze Homens e Outro Segredo (2004), de Steven Soderbergh, Senhores do Crime (2007) e Um Método Perigoso (2011), ambos de David Cronenberg, e Cisne Negro (2010), de Darren Aronofsky.