A recomendação para a noite de sábado no Teatro da Liga é: aperte os olhos e acredite no que está assistindo, mas não se deixe enganar. Apesar da voz rouca, da testa franzida, e do sorriso com covinhas fazendo o queixo apontar ainda mais, é o britânico Ben Portsmouth quem estará no palco, e não o Rei do Rock.

Mesmo assim, cabe aqui dizer que a velha sentença "Elvis não morreu" valerá ainda mais depois do show "The King is Back". Elvis não morreu porque vive em fãs apaixonados como Ben, que há oito anos personifica Elvis Presley em shows de tributo ao artista e tem medalhas e troféus para provar que o faz com talento, dedicação e, o melhor de tudo, com o benefício de ter nascido com a cara do Rei.

É a primeira vez que Ben estará em Joinville, ao lado da banda que o acompanha, a Taking Care of Elvis. A apresentação é uma promoção exclusiva da Itapema FM, que faz parte do projeto Grandes Espetáculos. Apesar da aparência de Elvis em início de carreira — jovem, magrinho, antes do serviço militar —, o artista passará pelos 20 anos em que o Rei andou (e requebrou) pelos palcos do mundo, de 1954 a 1977.

Essa viagem no tempo dará direito a ver Ben com os figurinos de época e interpretações de clássicos que vão do início com "Jailhouse Rock" e "All Shook Up", ao período em que Elvis brilhava no cinema; até seus sucessos dos anos 1960 e 70, como "Love me Tender", "It's Now or Never" e "Suspicious Mind". Ainda assim, Ben tem um momento que o faz vibrar mais ao cantar.

— Eu faço todas as eras das músicas de Elvis, mas minha favorita é, definitivamente, os anos 1970. E minha parte preferida das apresentações é a de interação com a plateia — afirma.

O êxtase dos fãs, que realmente gritam e correm para o palco durante os shows, como se estivessem diante do Elvis de verdade, é compreensível. Nos últimos anos, o britânico, que cresceu ouvindo o cantor no rádio do carro do pai, ganhou o primeiro lugar nos concursos mais conceituados de "Elvis Cover".

O primeiro foi o Elvis Festival em Porthcawl Wales, o maior da Europa no gênero. Este sucesso o qualificou para participar da competição Images of the King, em Memphis, em 2010, concorrendo com imitadores de Elvis do mundo inteiro. Ele foi votado como o melhor pelo júri e pelo público.

No ano passado, fez história ao ganhar o prêmio máximo no Ultimate Elvis Tribute Artist Contest, coroando-o como o artista de tributo a Elvis definitivo do mundo, único cantor nascido fora dos Estados Unidos a receber este título.

— Sou um mímico nato e então recriar a voz de Elvis e suas atitudes no palco vem naturalmente, mas, musicalmente, é claro que ensaiamos muito antes das apresentações com a banda — conta Ben, que tem apenas 33 anos.

Seu grupo é formado pelo irmão, David Portsmouth, na bateria; Richard Gibson nos teclados; Ryan Quartermaine, na guitarra e nos vocais; Dan Caney, no baixo e nos vocais; e Alison Povey, Colleen Rowe e Natalie Vale como backing vocals. Mesmo depois de receber tanto prestígio e excursionar pelo mundo fazendo shows, Ben garante que não vai parar com os festivais.

— Eu vou continuar competindo. Sou apenas um fã de Elvis — avisa. 

AGENDE-SE

O QUÊ: The King is Back - Show de Tributo a Elvis.
QUANDO: sábado, 27 de abril, às 22 horas.
ONDE: Teatro da Liga, na rua Jaguaruna, 100, Centro.
QUANTO: Plateia setor 1: inteira a R$ 80, meia-entrada a R$ 40 e assinante do Clube RBS a R$ 56. Plateia setor 2: inteira a R$ 70, meia-entrada a R$ 35 e assinante do Clube RBS a R$ 49. Plateia setor 3, inteira a R$ 60, meia-entrada a R$ 30 e assinante do Clube RBS a R$ 49. Ingressos à venda na loja Jurerê Beach e Fitness (Rua Lages, 480) e nos sites blueticket.com.br e ticketcenter.com.br. No site, os valores são acrescidos por taxas de serviço correspondentes ao preço do ingresso.
CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA: 16 anos.