Depois da saída da Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes (FCC) do Forte Santa Bárbara, concluída na última sexta-feira, a Marinha do Brasil pretende criar no local um museu naval.

Cercada por água de todos os lados, a Capital não tem nenhuma instituição que se dedique a recuperar a memória histórica de sua cultura marítima. Desta forma, a intenção é criar no local exposições modernas e interativas diretamente relacionadas às batalhas navais catarinenses.

Segundo a assessoria de imprensa da Marinha, há muito que se fazer no Forte em virtude das condições físicas do imóvel. Por meio da Capitania dos Portos e em conjunto com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o prédio será restaurado respeitando-se a exigência de manutenção de patrimônios considerados históricos. Segundo a Marinha, o local será adaptado para receber todo tipo de público, independente das condições de acessibilidade.

A saída da Franklin Cascaes

Desde 2000 a Fundação Franklin Cascaes ocupava o Forte Santa Bárbara graças a um contrato de cessão realizado entre a Marinha e a Prefeitura de Florianópolis. Válido até 2005, ele foi renovado até 2010, quando foi feita a consulta à Superintendência do Patrimônio da União (SPU) sobre a possibilidade de renovação da cessão.

Segundo a SPU, a Marinha não poderia ter cedido o edifício, que, por ter sido tombado como prédio histórico, tem seu uso regido pela União. Para não perder a posse do imóvel e tendo em vista um projeto que possibilitasse a manutenção do edifício, a Marinha desenvolveu o projeto do museu naval. Ainda não existe uma data prevista para a inauguração do espaço.

Transferência da Franklin Cascaes para novo prédio abriu espaço para todos