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Itapema FM  | 10/04/2013 16h31min

Filme "Chamada de Emergência" estreia nesta sexta-feira em Santa Catarina

Confira crítica feita por Andrey Lehnemann, leitor do DC e crítico de cinema

Atualizada em 11/04/2013 às 10h48min

No suspense Chamada de Emergência, que estreia sexta nos cinemas do Estado, Halle Berry interpreta Jordan Turner, uma experiente operadora do sistema de chamada de emergência norte-americano (911), que precisa lidar com o pedido de socorro da adolescente Casey Welson (Abigail Breslin), que foi sequestrada. Além da tensão proporcionada pelo atendimento de urgência, ela percebe que, para salvar a vida da menina, precisará lidar também com uma conhecida voz do passado.

Dirigido por Brad Anderson e com roteiro de Rich D'Ovidio (do terror 13 Fantasmas), o longa é uma produção da Diamond Films, que começou a operar no Brasil este ano e resolveu promover o filme com uma ação de impacto: trouxe a atriz Halle Berry ao Rio de Janeiro para o evento de lançamento.

Confira ao lado a análise do leitor do DC e crítico de cinema Andrey Lehnemann*.

Uma chamada que já ouvimos antes

Se há uma mensagem no novo filme do diretor Brad Anderson, responsável por longas como O Operário e Mistério da Rua 7, é que a justiça é feita com as próprias mãos. Nesta perspectiva, a operadora Jordan Turner (Halle Berry), embora tenha a mesma empatia que outros atendentes com suas vítimas, não é uma figura normal: não se intimida em se dirigir sozinha até a cena de um crime e o seu trabalho afeta muito mais sua vida pessoal do que - ela mesma assume - deveria. Enquanto o roteirista enfatiza a afirmação de um homem que diz que ela não pode fazer o que está fazendo por ser somente uma operadora, Anderson enquadra em seguida a protagonista de baixo para cima, mostrando sua superioridade na situação e estampando uma bandeira americana ao fundo, como se ela fosse a epítome do patriotismo. Turner é uma heroína. Ela assume riscos, provoca situações e possui mais capacidade que os policiais da trama para resolver um caso. Mesmo que explore um panorama tenso em determinados momentos, principalmente pela exposição da trilha sonora nas situações mais carregadas, é por encontrar substância nas conversas entre Turner e Casey (Abigail Breslin) que o filme ganha, pontualmente, bons ares. A força do longa- metragem reside na química das duas e no que elas passam "juntas". Contudo, não esqueçam que, em Chamada de Emergência, iremos retornar aos mesmos ingredientes de narrativas do gênero: o armário que contém a lembrança de um erro passado, pesadelos, a bateria escassa do celular da vítima, respirações pesadas que entregam localizações, a moça que se esconde do agressor no lugar mais esperado e a patetice dos policiais. Basta cada um se perguntar: isso satisfaz?

*ANDREY LEHNEMANN
Formado em Teoria, Linguagem e Crítica Cinematográfica, é crítico de cinema e jornalista A imagem da capa foi inspirada no cartaz de divulgação do filme

DIÁRIO CATARINENSE
TriStar Pictures,divulgação / caderno variedades

Turner precisa lidar com o pedido de socorro da adolescente Casey
Foto:  TriStar Pictures,divulgação  /  caderno variedades


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