A pergunta pode ser simples, mas a resposta geralmente é complicada e demora a sair: qual o seu livro preferido? O cérebro trabalha rapidamente para acionar a memória e recordar os títulos já absorvidos pelos olhos curiosos durante toda a vida. A maioria das respostas é a de que não há um favorito, como se a pergunta fosse relacionada a preferência de um pai entre um filho e outro.

A escolha de apenas um livro por vezes é difícil porque cada um gera sentimentos diferentes de acordo com as experiências vividas naquele momento por quem o lê. Entre os visitantes da 10ª edição da Feira do Livro de Joinville, as respostas foram as mais diversas e passaram por gêneros como ficção, romance, drama e policial.

Participe, enviando para o anexo@an.com.br uma foto com seu livro preferido, contando porque ele deve ser lido.

Confira a galeria de fotos e as sugestões dos leitores

Aventura

A professora de inglês, Eliane Cândido, é uma apaixonada por leitura e não dispensa um bom livro de ficção. Por isso, a escolha do preferido não poderia fugir ao gênero: “O Hobbit”. Escrito por J.R.R. Tolkien e publicado em 1937, o livro continuou a fazer sucesso com o passar dos anos, conquistando leitores no mundo inteiro. Ele conta a aventura de Bilbo Bolseiro, um hobbit que inicia uma jornada para resgatar um tesouro guardado pelo dragão Smaug. A história é antecessora à outro sucesso do escritor inglês, o livro “O Senhor dos Anéis”.

Foi por meio da adaptação dessa história para o cinema, que Eliane se sentiu motivada a conhecer mais sobre o universo dos livros e seus personagens. A trilogia de “O Senhor dos Anéis” chamou tanto a atenção da professora, que ela não demorou a mergulhar nas páginas do livro “O Hobbit”. “É algo que te prende, em que você quer saber o que vai acontecer com o Bilbo e com o anel”, explica. Com a estreia da adaptação do livro sobre os hobbits para o cinema, no final do ano passado, ela agora também aguarda o lançamento dos outros dois filmes que formarão a nova trilogia do universo de “O Senhor dos Anéis”.

Luta pelo poder

Débora de Faria é professora universitária e tem os livros como uma companhia inseparável. “Leio de tudo, uns dois ou três livros por mês, e é raro eu não gostar”, conta. Tantas leituras deixam a escolha por um único livro ainda mais difícil. Ela pensa, cita alguns títulos como “A Menina que Roubava Livros” e,  em vez de escolher como o preferido apenas um, responde logo como sendo uma coleção inteira: “Guerra dos Tronos”.

Escrita por George R.R. Martin, a série de cinco livros conta a história de sete reinos que são governados por um mesmo rei. Quando o líder morre, os reinos começam um duelo pelo poder. “Reúne história, magia, tudo que eu gosto”, explica. A exemplo de “O Senhor dos Aneis”, o livro “Guerra dos Tronos” também foi adaptado para as telas, mas, neste caso, a televisão. “Eu assisto a série, mas primeiro sempre gosto de ler o livro para depois assistir”.

O interesse pela leitura surgiu com o incentivo da mãe, Lúcia Helena Faria. A bancária aposentada prefere livros de períodos históricos ou lições de vida, como o seu predileto “A culpa é das estrelas”. A obra de John Green mostra uma paciente com uma doença terminal que encontra um garoto com o mesmo problema e juntos descobrem a felicidade. “É uma história bonita e que poderia ser verdadeira”, justifica.

Romance

Rafael Fernandes escolheu o seu livro preferido por uma questão do momento em que teve contato com ele. Uma situação que lhe marcou e continua viva em sua memória. “Um Porto Seguro” foi o primeiro romance lido pelo estudante de 18 anos, que comprou o livro para ler junto com a namorada. A história construída pelo escritor Nicholas Sparks fala sobre uma mulher misteriosa que começa a se apaixonar por um morador de Southport, cidade para qual recentemente se mudou, e tem seu passado obscuro redescoberto com o início deste novo amor.

Mal sabia o estudante que a história do seu romance seria totalmente oposta ao do livro. Ele e a namorada romperam a relação quando ainda estavam no início da leitura e ele teve que terminar a história sozinho. A namorada se foi, mas o livro, que nada teve a ver com a separação, permaneceu na memória.