Os diretores da Joffrey Ballet de Chicago, Alexei Kremev  e Anna Reznik, visitaram pela primeira vez a Escola do Teatro Bolshoi no Brasil (ETBB) esta semana. O casal conheceu a unidade, assistiram aulas e também deu aulas aos bailarinos brasileiros. Depois de passarem pelo Rio de Janeiro (RJ) e Joinville (SC), eles embarcam para São Paulo (SP) para conhecerem outras companhias de dança.

Criar conexões e aproximar-se da instituição são os principais objetivos dos diretores. Os dois já tem mais de trinta anos de carreira e iniciaram na Escola Coreográfica de Moscou, na Rússia.

Após três anos de conversas, a bailarina e professora Eurika Porto, que também mora em Chicago, conseguiu convencê-los a visitar o Brasil, acompanhando-os em Joinville.

Para eles, a parceria entre Joffrey e Bolshoi pode render muitos frutos, pois as duas possuem estilos distintos e que juntas, consolidam um conjunto de aprendizado aos bailarinos e professores.

— Os bailarinos brasileiros têm emoção, sensibilidade e paixão no que fazem, e transmitem isso. Você pode ensinar a técnica, mas isso, essa emoção vem do coração —, comenta Anna Reznik, dizendo-se encantada com os talentos nacionais.

Atualmente, existem três bailarinos que passaram pela Escola Bolshoi e estão na Joffrey Ballet. A ideia dos diretores é estreitar esses laços com o Brasil, para que mais bailarinos tenham a oportunidade de alcançar futuro na carreira.

Durante a visita ao País, eles aproveitam para conhecer novos talentos, que possivelmente possam atuar como trainees no exterior. O foco é para bailarinos que já estejam se formando, pois assim terão melhor capacidade de adaptação e aprendizado na troca de país. 

— Cada brasileiro bem sucedido lá fora é mais uma história de sucesso para o Brasil, e assim, mais bailarinos podem se espelhar neles —, afirma Alexei.

Para os bailarinos que ainda estão construindo uma carreira, a dica de Anna e Alexei é ter um objetivo. Buscar o sucesso em uma grande companhia de dança é natural, mas é preciso fazer o que se gosta.

— É preciso trabalhar em uma companhia onde esteja seu coração —, aconselha Anna.