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Itapema FM  | 14/03/2013 17h30min

Série de homenagens marca os 30 anos da morte de Franklin Cascaes

Ao escrever as histórias de bruxas e outros seres fantásticos ele criou um manual da tradição local

Roberta Ávila  |  roberta.avila@diario.com.br

A tradução da história oral para o formato escrito é uma passagem essencial para que a produção cultural sobreviva à geração que a criou. Franklin Cascaes foi um dos responsáveis pela preservação da cultura de Florianópolis. Ao colocar no papel histórias de bruxas e outros seres fantásticos contadas pelos pescadores da Ilha, pelos manezinhos típicos, criou um manual da tradição local. 

Nesta sexta faz 30 anos que o folclorista morreu. Antes disso, ele doou todo o seu acervo, em 1981, ao Museu Universitário da UFSC. São 925 desenhos, 1250 esculturas e acessórios cenográficos, além de 286 cadernos com anotações. Por esse empenho gigantesco de preservação e registro da cultura açoriana, Cascaes será homenageado na cidade em vários dias e lugares.

Desde janeiro o DC convida contadores de histórias de Santa Catarina a gravarem vídeos contando seus causos. Confira as histórias em http://clic.sc/historias-dc

Feira do Livro da EdUFSC

A Feira do Livro da EdUFSC escolheu Franklin Cascaes como seu patrono da edição que começa semana que vem, na segunda, dia 18 de março e vai até o dia 2 de abril. A abertura oficial, às 10 horas no dia 18, terá uma breve homenagem a Cascaes, que morreu no dia 15 de março de 1983.

— Editamos a obra do Cascaes ano passado, O Fantástico da Ilha de Santa Catarina é o grande clássico dele, o livro mais lido e de maior circulação. Antes eram dois volumes, reunimos em um só e resolvemos incorporar esse caráter cultural que as feiras do livro têm em todo mundo e chamar atenção também para temas e pessoas no evento. O Cascaes merece, é uma das glórias de Florianópolis e um dos nossos objetivos como editora é que a cultura local seja cada vez mais lida. As feiras têm espaço para destacar temas. A Feira do Livro de Frankfurt, por exemplo, na próxima edição, em outubro, vai homenagear o Brasil — conta Sérgio Medeiros, diretor da EdUFSC.

A feira será realizada no prédio do Centro de Convivência, UFSC, em Florianópolis. O prédio esteve fechado nos últimos anos e a realização do evento tem como objetivo revitalizar o espaço também. Todos os todos os livros do catálogo da EdUFSC e de outras editoras universitárias, parceiras do evento, são oferecidos ao público com até 70% de desconto, dependendo do livro. No caso do livro de O Fantástico da Ilha de Santa Catarina, que é vendido no catálogo da EdUFSc por R$ 32, vai custar R$ 22 na feira, com 30% de desconto.

A Feira da EdUFSc integrará o Festival Nacional do Conto, que acontecerá em Florianópolis a partir de 19 de março, com organização do Sesc. Um dos destaques da feira será a apresentação do ator Leon de Paula, que vai interpretar o protagonista do livro O detetive de Florianópolis, publicado em 2012 e incluído entre os livros do Vestibular da UFSC 2014. Leon interpretará o personagem no cinema e na Feira lerá uma crônica do livro.

Agende-se

O quê: Feira da EdUFSC
Quando: 18 de março a 2 de abril, de segunda a sexta das 8h30min às 19h
Onde: Centro de Convivência - UFSC
Quanto: entrada gratuita
O livro Fantástico da Ilha de Santa Catarina custa R$ 22

Contos da Seve

Enquanto Cascaes reuniu histórias de Florianópolis, Severiana Rossi Correa, que nasceu em Lages e acaba de completar 89 anos, é especialista em histórias do interior de Santa Catarina. As histórias contadas por Seve, como é chamada, foram organizadas em livro pelo jornalista Eduardo Schmitz, com apoio da Revista Pobres & Nojentas e da Fundação Franklin Cascaes.

São 57 histórias das paragens de Santa Catarina. Moacir Loth conta no prefácio que Seve tirou de sua memória bruxólica causos e contos que transmitem ao leitor a certeza absoluta de que suas histórias lendárias são fatos. "Se Cascaes narrou o fantástico da Ilha e a saga dos açorianos, agarrado a bois e bruxas, Seve dá conta do folclore, do imaginário, do espírito e dos costumes do interior", afirma Loth no livro.

Agende-se

O quê: lançamento do livro Contos da Seve
Quando: 20 de março, às 19h
Onde: Fundação Franklin Cascaes, Forte Santa Bárbara, rua Antônio Luz, 260, Centro
Quanto: entrada gratuita, valor do livro ainda não definido

Causos do Frankolino

Os pescadores e nativos da Ilha chamavam Cascaes de Frankolino. O apelido se tornou o nome do boneco articulado, feito de arame, isopor, canos, espuma e papel machê que foi em criado em 2008, centenário do nascimento do folclorista.

O boneco é protagonista do espetáculo que reúne teatro de animação, contação de história e música, apresentados pela atriz e arte-educadora Andréa Rihl, da Fundação Franklin Cascaes, com apoio da atriz e musicista Carina Scheibe, do grupo de teatro Jabuti de Florianópolis.

Enquanto Andréa manipula o boneco, Carina interpreta outros personagens que interagem com Frankolino para contar ao público histórias do imaginário popular, relacionadas às crenças e costumes da herança cultural açoriana trazidos da obra de Cascaes. O boneco é a cara de Cascaes.

Agende-se

Causos do Frankolino

Quando: 19 de março, às 10h 
Onde: Casa das Máquinas (Rua Henrique Veras do Nascimento, fundos, 50, Lagoa da Conceição)
Quanto: gratuito

Quando: 26 de março, às 14h30min
Onde: Sociedade Espírita de Recuperação Trabalho e Educação (Rua Leonel Pereira, 604, Cachoeira do Bom Jesus)
Quanto: gratuito

DIÁRIO CATARINENSE
divulgação / Divulgação

Cascaes doou todo o seu acervo, de cerca de 3 mil peças, ao Museu Universitário da UFSC
Foto:  divulgação  /  Divulgação


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