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Itapema FM  | 01/03/2013 14h39min

Espetáculo teatral 'Um Deus Dormiu lá em Casa' reestreia nesta sexta em Florianópolis

A montagem reúne dois dos grupos teatrais mais tradicionais da cidade

Roberta Ávila  |  roberta.avila@diario.com.br

A peça 'Um Deus Dormiu lá em Casa', que passou por Florinanópolis em novembro de 2012, está de volta aos palcos da Capital. Montagem de dois dos grupos teatrais mais tradicionais da cidade - Grupo Armação e Grupo de Teatro O Dromedário Loquaz -, o texto marcou a história do teatro no Brasil. No final da década de 1940, alçou os protagonistas, Tônia Carrero e Paulo Autran, ao estrelato.

Na trama, o general Anfitrião resolve testar a fidelidade da esposa e, ao voltar da guerra, finge ser a encarnação de Júpiter. A mulher finge que acredita, mas, desde o começo, percebe a farsa, que gera confusões e situações engraçadas.

A montagem catarinense tem elenco formado por Chico De Nez, Jaime Baú, Regina Prates e Sulanger Bavaresco, diretora do grupo Dromedário. Sulanger ressalta que o Teatro da Armação foi adaptado pela produção da peça para parecer uma casa grega, o que fez com que alguns pontos fossem tomados pelo cenário. Com 36 lugares disponíveis para cada sessão, é importante reservar os ingressos com antecedência por telefone.

Agende-se
O quê:
peça Um Deus Dormiu Lá em Casa
Onde: Casa do Teatro Armação (Praça XV, 344, Centro, Florianópolis)
Quando: dias 1, 2, 8, 9, 15 e 16 de março, às 21h
Quanto: R$ 20 e R$ 10 (meia)
Mais informações: www.umdeusdormiulaemcasa.blogspot.com.br ou (48) 9113-0827 / 9608-0550

A arte do encontro, por Antônio Cunha

Dramaturgo, diretor e ator, atua nos dois grupos

A vida é arte do encontro, já dizia Vinicius de Moraes. E quando se trata do encontro de vidas provocado pela arte de fazer arte, então...

Com o Grupo Armação e o Grupo de Teatro O Dromedário Loquaz, de Florianópolis, este encontro tem resultado em instigantes parcerias. O Armação surge nos anos 1970 e se firma com características distintas do que já existia e do que viria. O Armação sempre foi um grupo de atores liderado por atores. Nunca se sustentou na figura de um diretor/encenador.

Já o Dromedário foi criado 20 anos depois do Armação, por iniciativa de um dos fundadores do primeiro, Ademir Rosa, e, sob a direção de Isnard Azevedo foi, antes de tudo, provocador, chacoalhando a cena catarinense com iniciativas que iam da montagem do primeiro Brecht ao uso de espaços cênicos inusitados.

O Dromedário, durante 10 anos, teve a cara de Isnard Azevedo. Mas, desde o seu surgimento, a circulação de atores e técnicos entre os dois grupos foi comum, chegando ao ponto de, nos últimos anos, com o Dromedário já sob a liderança de José Pio Borges, Sylvio Mantovani e Sulanger Bavaresco, começarem as parcerias, resultando em projetos como o Ato Contínuo na Casa do Teatro.

Para que este encontro se tornasse uma relação duradoura e profícua, foi necessário a compreensão de que cada um é cada um, que ninguém precisa deixar de ser o que é, e que as diferenças, quando compreendidas, se completam. A arte agradece.

DIÁRIO CATARINENSE
Iur Gomez / Grupo Dromedário Loquaz

O Teatro da Armação foi adaptado para parecer uma casa grega
Foto:  Iur Gomez  /  Grupo Dromedário Loquaz


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