Itapema FM | 22/02/2013 13h09min
O Mestre é um dos vários filmes em cartaz nos cinemas de Santa Catarina que concorrem em alguma das categorias do Oscar. Alguns críticos, como Radheyan Simonpillai do site Ask Men (leia aqui), consideraram O Mestre como um dos melhores filmes não apenas do ano mas dos últimos tempos. Isso é absurdo e não faz sentido nenhum.
O mestre é um filme marcado pela dicotomia. De um lado temos um elenco brilhante, com Joaquin Phoenix, Philip Seymour Hoffman e Amy Adams em interpretações intensas e marcantes. São grandes atores que fazem um ótimo trabalho de interpretação no fime, isso é inegável.
Mas por outro lado temos um enredo insatisfatório, que promete uma discussão sobre seitas, hipnose e até lavagem cerebral e não realiza essa discussão com profundidade. O resultado é a frustração do espectador com a história, e quanto a isso não há elenco, direção ou fotografia que salve um filme com um roteiro fraco.
Várias cenas pediam um desfecho, uma conclusão que nunca chega. O que acontece é que a grande marca do filme é a repetição, que parece ser a estratégia máxima do Mestre, interpretado por Philip Seymour Hoffman. Se isso era uma intenção de esvaziar esse tipo de seita de significado, não deu certo.
Durante a produção do filme houve discussões envolvendo a cientologia, que seria a seita retratada no filme e estaria tentando impedir a realização do longa. Não há indícios de que seja de fato a cientologia retratada no fime, aquela que tem como seu seguidor mais famoso Tom Cruise.
Quando se procura informações sobre a cientologia, o que se encontra é bem mais assustador do que o retratado no filme. Quem sabe a cientologia não renda um filme mais interessante do que O Mestre.
Joaquin Phoenix e Philip Seymour Hoffman passam boa parte do filme juntos
Foto:
Divulgação
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