Itapema FM | 19/02/2013 14h45min
Dirigido pelo austríaco Michael Haneke, Amor ultrapassou barreiras no Oscar. Foi indicado não só a Melhor Filme Estrangeiro, mas a Melhor Filme, Diretor, Roteiro Original e Atriz.
A história se passa quase que exclusivamente dentro de um apartamento onde moram Georges (Jean-Louis Trintignant) e Anne (Emmanuelle Riva), um casal que têm sua rotina drasticamente alterada depois que a mulher sofre uma série de AVCs.
É um filme sobre a fragilidade humana e sobre como pode ser duro envelhecer. Diferente de filmes como Os Intocáveis e As Sessões, que mostram os prazeres que pessoas debilitadas podem ter, o foco da produção é a decadência espiritual imposta pelo declínio físico.
Denso, realista e com grandes nomes do cinema que andavam afastados das telas como protagonistas, o filme deve dar o que falar por muito tempo.
Riva é a atriz mais velha jamais indicada ao Oscar. Tanto ela quanto Trintignant são ícones da Nouvelle Vague — tendência do cinema francês que começou no final dos anos 50 — e trabalharam com grandes diretores como Alain Resnais, François Truffaut e Bernardo Bertolucci.
Trintignant tinha decidido não fazer mais filmes em 2003. Na época, o ator declarou que o cinema não oferecia grandes possibilidades de desenvolvimento para o ator. Mudou de ideia por causa do filme de Hanece, que afirma ter feito o papel de Georges para ele. De fato, o filme é totalmente baseado na interpretação (poderosa) dos dois protagonistas.
É um filme pesado, mas vale a pena assistir.
DIÁRIO CATARINENSEGrupo RBS Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - ©
2009
clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.