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Itapema FM  | 10/02/2013 17h49min

Festival de Berlim traz uma seleção de filmes de e sobre mulheres fortes

Três diretoras concorrem este ano ao Urso de Ouro, o prêmio máximo da mostra alemã

As mulheres estão no centro de muito filmes que competem no 63º Festival de Berlim (de 7 a 17 de fevereiro), como em Gold, do alemão Thomas Arslan, um "western" sem caubóis ou índios e cuja heroína é Emily Meyer, interpretada por Nina Hoss (de A Massai Branca). Ambientado na corrida do ouro no Canadá de 1898, o filme mostra a aventura de Emily Meyer, que  se lança com um grupo de imigrantes alemães em uma viagem longa e cansativa para uma mina de ouro. A bela loira, da qual o espectador sabe muito pouco, vai enfrentar muitas provas. Seus companheiros de viagem têm menos chances que ela e muitos morrem no caminho.

A atriz Nina Hoss não participou da coletiva de imprensa de apresentação do filme, mas o diretor Thomas Arslan contou como a filmagem, de dois meses no Canadá, foi "esgotante, com um campo de base e atores a cavalo", embora com pouca experiência em equitação. Ele explicou a escolha de uma mulher como o  elemento central do filme porque o desafio é maior, talvez por ser o diretor um homem.

– Muitos diários escritos pelos imigrantes da época foram consultados na fase de pesquisa, incluindo o de mulheres –  relatou.

Outro retrato de mulher no Festival é Gloria, do chileno Sebastian Lelio, sobre uma divorciada que vive sozinha até o dia em que conhece Rodolfo, um oficial da Marinha. O canadense Denis Côté também elege mulheres como protagonistas em Vic + Flo viram um urso. Victoria (Pierrette Robitaille), libertada da prisão e exilada na floresta, e Florence (Romane Bohringer), sua amante, precisam enfrentar uma estranha ameaça. 
 
Três dos filmes em competição são eles próprios assinados por cineastas mulheres: a francesa Emmanuelle Bercot, a sul-africana Pia Marais e a polonesa Malgoska Szumowska. In the Name of, de Malgoska Szumowska (de Elles, com Juliette Binoche), abriu o festival recebendo aplausos calorosos ao contar a história de um padre católico, gay, que, lotado em uma pequena comunidade polonesa para trabalhar jovens com problemas de delinquência juvenil, se apaixona por um dos rapazes sobre sua orientação.

Em Layla Fourie, de Pia Marais, a heroína é uma mãe solteira que vive em Joanesburgo. Layla (Rayna Campbell) aceita um curso de formação para trabalhar em uma empresa especializada em polígrafos. Um acidente muda o rumo de sua vida e causa uma grande confusão. Neste thriller, a cineasta retorna à terra de sua infância, onde o racismo e a discriminação permanecem, apesar do fim do apartheid. E finalmente, no filme Elle s'en va, da diretora Emmanuelle Bercot, que será apresentado no dia 15 de fevereiro, Bettie, uma restauradora sexagenária estrelada por Catherine Deneuve, viaja pelas estradas da França. O filme é considerado um dos favoritos para o Urso de Ouro

Dentre os exemplares do cinema francês na briga pelo Urso de Ouro, há também A Freira, de William Nicloux, adaptado do romance de Diderot (1713 – 1784) escrito no século 18 – em português, o livro ganhou o nome de A Religiosa. No romance, a jovem Suzanne Simonin é forçada por sua família a entrar para um convento. No filme, ela é interpretada pela jovem belga Pauline Etienne ao lado de Isabelle Huppert (Amor, A Pianista) e Louise Bourgoin (Um Evento Feliz).

Em Camille Claudel 1915, com Juliette Binoche (Cópia Fiel), o cineasta Bruno Dumont mergulha no mundo da famosa artista, confinada por sua família em um asilo, onde permaneceu por 30 anos e morreu aos 79 anos.

AFP
Divulgação / Piffl Medien

A atriz alemã Nina Hoss, em cena de 'Gold', dirigido por Thomas Arslan
Foto:  Divulgação  /  Piffl Medien


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