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Itapema FM  | 29/01/2013 16h27min

Museus de Florianópolis terão comissões fixas para a escolha das mostras e políticas de acervo

Roberta Ávila  |  roberta.avila@diario.com.br

Pela primeira vez, três museus de Santa Catarina terão uma comissão de acervo responsável por estabelecer a pauta de exibições de cada local e a política de compra e descarte de obras. O Museu de Arte de Santa Catarina (Masc), Museu Histórico de Santa Catarina (MHSC) e Museu de Imagem e Som de Santa Catarina (MIS) já tiveram comissões informais responsáveis por essas decisões, mas, pela primeira vez, existe uma legislação criada pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC) regulamentando a questão.

— A curadoria antes era feita ouvindo especialistas da área, consultando pessoas. Estamos seguindo uma tendência do governo federal que sugere uma atuação nos museus com uma maior transparência e com a participação da sociedade civil — explicou o presidente da FCC Joceli de Souza, em uma coletiva de imprensa realizada ontem no Centro Integrado de Cultura (CIC), em Florianópolis.

As portarias que criam as comissões do Masc, MIS e MHSC estabelecem que nove pessoas farão parte de cada comissão. A FCC tem 30 dias para formar cada uma delas. Durante esse período de transição em que a comissão ainda não está formada, os museus já têm exposições programadas, como por exemplo a de Clara Fernandes, chamada Cartas ao Mar; a exposição Ecoarte, com 25 gravuras do acervo do Masc e a exposição da fotógrafa Laís Bernardoni.

Segundo Joceli de Souza, o foco dos museus continuará nos artistas de Santa Catarina e a qualidade do acervo deve ser melhorada.

— A comissão será responsável pela política de incorporação e descarte de peças. Temos peças incorporadas aos acervos dos nossos museus que estão contaminando outras peças e que não tem a ver com o perfil da instituição. Temos coisas que precisam ser descartadas. Estamos restaurando quadros de Martinho de Haro do Palácio da Agronômica e tem uma fila enorme de obras que precisam ser restauradas — frisou o presidente da FCC.

Prioridade na reforma do CIC

Além dessas mudanças na administração dos museus, a FCC tem entre suas prioridades a conclusão da reforma do CIC.

— Precisamos concluir a expansão da tubulação do ar-condicionado, reformar o café do local (antigo Café Matisse) e a sala multimídia, que terá um projetor de 35mm para exibição de filmes (para alegria dos cinéfilos) — brincou Joceli.

O edital para essa parte da reforma deve ser lançado ainda no primeiro trimestre de 2013.

— Foi muito traumático para a sociedade de Florianópolis ficar com o CIC fechado por três anos. Agora que as pessoas estão voltando a se apropriar desse espaço — declarou a Diretoria de Patrimônio Cultural da Fundação Catarinense de Cultura, Andréa Marques Dal Grande.


As comissões de acervo e pauta do MASC, MIS e MHSC terão:

Do governo

— Um administrador do museu como membro nato na comissão, que atuará apenas em caso de desempate;

— O gerente de logística e eventos culturais da área de marketing da FCC;

— Três técnicos especializado na área de cada museu.

Da sociedade

— Um membro da imprensa indicado pela ACI (Associação Catarinense de Imprensa);

— Um membro da comissão da Associação de Amigos de cada museu;

— Dois representantes que atuem na área do museu (artistas plásticos ou críticos de arte no caso do MASC; música, vídeo ou fotografia no caso do MIS e da área de história no caso do MHSC).

DIÁRIO CATARINENSE
Ricardo Wolffenbüttel / Agencia RBS

A exposição Galeria Tátil, com obras adaptadas para pessoas cegas, fez parte da pauta do Masc em 2012
Foto:  Ricardo Wolffenbüttel  /  Agencia RBS


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