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 | 28/01/2013 12h18min

Elizabeth Bennet e Mr. Darcy formam um dos casais mais marcantes da literatura

"Quem não admiraria um homem que arrisca seu bom nome e usa sua fortuna para ajudar a mulher que ele ama?", diz Larry Mazzeno

Roberta Ávila  |  roberta.avila@diario.com.br

Nesta segunda o livro 'Orgulho e Preconceito', de Jane Austen, completa 200 anos. Leia aqui a primeira parte da reportagem sobre o tema.

Leia também 10 motivos para ler 'Orgulho e Preconceito'

Luis Fernando Verissimo: Jane Austen e a eterna busca pelo bom partido


Por que Elizabeth Bennet e Fitzwilliam Darcy são personagens icônicos da literatura?

Professor Larry Mazzeno, americano autor de Jane Austen: Two Centuries of Criticism (Literary Criticism in Perspective) (em tradução literal Jane Austen: Dois Séculos de Crítica (Crítica Literária em Perspectiva) e Presidente Emérito da Alvernia University, na Pennsylvania.

Escolher um favorito entre os personagens de Orgulho e Preconceito é como escolher um favorito entre meus próprios filhos. Se eu admiro Mr. Darcy? Quem não admiraria um homem que arrisca seu bom nome e usa sua fortuna para ajudar a mulher que ele ama, ainda que ela o tenha rejeitado? Nós americanos começamos uma revolução contra a sociedades que produzia nobres como Mr. Darcy, mas ele merece nossa admiração pelas suas qualidades e o seu julgamento da família Bennet não é de todo errado, não importa o quanto ele seja baseado no preconceito de classe social.

A mesma coisa serve para Elizabeth. Ela se demonstra relutante em atender à convenção social e disposta a permanecer solteira e pobre ao invés de entrar no mercado de casamentos para encontrar um bom provedor. Mas a reação imatura dela ao orgulho de Mr. Darcy no começo do livro também não é aconselhável.

Eu adoro a todos. Até o tolo Mr. Collins e a dominadora Lady Caherine, que nos oferecem lições sobre comportamento e a natureza humana. Quem pode querer mais do que isso em um único romance?

Susannah Fullerton, australiana autora de Happily Ever After (Felizes Para Sempre, em tradução literal) sobre os 200 anos de Orgulho e Preconceito.

Mr. Darcy já foi eleito em pesquisas o maior herói romântico da literatura. Ele é tudo que se pode querer num homem. É alto, bonito e rico, tem uma casa majestosa e está disposto a aprender. Não é o sonho de toda mulher que ela possa melhorar o homem de sua vida? É isso que Elizabeth faz e quando ela termina ele está fabuloso! Ele é esperto, sensível, atencioso e prático. Ele ainda tem uma grande atração por livros. Um homem que lê é muito sexy!

Já com Elizabeth, Jane Austen (JA) consegue construir uma heroína charmosa. É muito difícil criar a noção de charme na literatura. É fácil dizer que alguém é charmoso, mas demonstrar isso é difícil, assim como é difícil mostrar a personagem encantando os outros e os leitores. E ela consegue isso com Elizabeth. Outras heroínas de JA são maravilhosas, cada uma de sua maneira, mas o charme pertence a Elizabeth. É uma mistura de inteligência com vivacidade, uma energia contagiante, inteligência e simpatia.

DIÁRIO CATARINENSE
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Mr. Darcy já foi eleito em pesquisas o maior herói romântico da literatura
Foto:  Divulgação  /  Divulgação


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