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Itapema FM  | 25/01/2013 06h02min

Entrevista: Luiz Melodia comanda bate-papo musical gratuito domingo, em Florianópolis

Por telefone, o músico relembrou o começo de sua carreira e comentou o repertório que deve apresentar na Capital

Roberta Ávila  |  roberta.avila@diario.com.br

Enquanto atravessava a rua no Rio de Janeiro, em direção ao restaurante onde iria almoçar, Luiz Melodia atendeu ao telefonema do DC. A apresentação de Melodia em Florianópolis, no Itapema Convida, faz parte do Floripa Tem e será realizada domingo, às 17h, no Jurerê Open Shopping. O bate-papo prevê participação do público, livre para fazer perguntas ao cantor. Junto com Melodia estará o músico Renato Piau, seu parceiro de longa data.

Luiz Melodia celebrou seus 40 anos de carreira, em 2012, com sua primeira turnê pela Europa com o Estação Melodia, que celebra sambistas como Noel Rosa, Cartola e Nelson Cavaquinho. O cantor e compositor teve sua trajetória impulsionada por Gal Costa, que, em 1973, gravou Pérola Negra e lhe abriu portas que o levaram ao sucesso. Na entrevista, Melodia revela o que preparou para a apresentação em Florianópolis.

Você gosta desse formato de show só com voz e violão que vai fazer aqui em Florianópolis?

Luiz Melodia - Nada melhor que voz e violão com um convidado especial como o Renato Piau, que é um músico que já me acompanha há alguns anos, é um parceiro. A festa torna-se mais descontraída. O show fica mais intimista, então a gente tem a oportunidade de tocar outras canções. Vou tocar alguns clássicos, outras mais recentes, do Estação Melodia, em que eu gravei só sambas dos anos 1930 e 1940. O objetivo é que todo mundo se divirta, que a gente possa cantar junto.

O fato de você ter sido criado no Morro do Estácio, no Rio de Janeiro, e de ter frequentado muitas rodas de samba é muito presente na sua produção musical. Recentemente, um tradicional reduto do samba de Florianópolis, o Canto do Noel, foi proibido de ter música. O que você acha dessa situação?

Melodia - Antes de eu gravar discos passei por isso. Eu tinha um grupo e a gente ensaiava bastante. Os vizinhos reclamavam a ponto da gente ter que parar e alugar outro lugar para continuar. É um problema sério e é muito triste acontecer isso quando se trata de música. Frequentei muitas rodas de samba com meu pai no Rio mas nunca acontecia isso, pelo contrário, era um divertimento só. Tinha participação de muitos músicos, era maravilhoso, jamais esquecerei. É um lugar onde você vai se aprimorando como músico, muita gente começa assim. E nessas rodas existe um encontro de gerações, os novos têm contato com grandes instrumentistas, é sempre legal.

Você uma vez comentou que era mais glamouroso ser compositor na década de 1970, por quê?

Melodia - Ah, eu digo isso com a autoridade de quem viveu a época porque eu me sentia bem. A gente via a integração dos músicos, acontecia muito da gente ir para a casa um do outro para tocar e era o maior interesse de todos nós. Não havia internet nem nada. As composições e parcerias que a gente fazia não eram só para as músicas, mas para a gente mesmo, para relacionamentos. Isso era muito glamouroso, a espontaneidade, elegância, uma fissura de trabalhar musicalmente e disso ser muito natural. Foi uma coisa muito marcante na minha vida.

DIÁRIO CATARINENSE
Luiz Melodia / Divulgação

A apresentação do músico será às 17h no Jurerê Open Shopping
Foto:  Luiz Melodia  /  Divulgação


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