Itapema FM | 21/01/2013 17h48min
Tem sido cada vez mais comum encontrar músicos de rua nas vias da Capital. Eles tocam, principalmente, próximo à Catedral Metropolitana, na praça XV de Novembro, e também nas imediações da rua Felipe Schmidt e na Escadaria do Rosário, todas no Centro da cidade. Basta soarem os primeiros acordes que as pessoas começam a se aglomerar nessas vias, especialmente no intervalo do expediente, quando estão em horário de almoço.
— Vale muito mais a pena tocar em um lugar onde as pessoas estão passeando, descobrindo a cidade, do que em cidades com poucos turistas, onde a maioria dos transeuntes não está interessada — diz Thiago Gasparino, violoncelista da banda Somato, que também faz apresentações em ônibus coletivos.
O que se vê de resposta do público é uma enxurrada de celulares e câmeras digitais para gravar o show.
— Percebo que essas manifestações têm ocorrido com bastante frequência aqui em Florianópolis — afirma o auditor fiscal aposentado Hercílio Lentz, 77 anos.
Além de se apresentarem, a bandas aproveitam para comercializar CDs e DVDs lançados.
O grupo Blame conseguiu surpreender ainda mais. Para comemorar o Dia Internacional do Rock, 13 de julho, se apresentaram na marquise de uma loja na rua Felipe Schmidt, no Centro.
A Blame faz parte parte de um projeto chamado O Clube, que integra outras 11 bandas com o objetivo de promover intervenções de rua e agitar a cena musical de Florianópolis. As apresentações ocorrem uma vez por mês.
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano informou que para fazer qualquer evento nas vias públicas da cidade é necessário obter uma licença, liberada pela Fundação Franklin Cascaes, mas a reportagem não conseguiu contato com a entidade até o fechamento.
Os músicos entrevistados disseram que, antes das apresentações, entram num acordo com os comerciantes do entorno para evitar problemas.
Confira a música deles:
Acordes internacionais
Componente tradicional na cultura argentina, a música na rua invade as vias públicas de Florianópolis. É só o tempo de armar toda a parafernália, preparar uma pequena caixa para arrecadar o dinheiro — que equivale ao cachê do grupo — e começar o show. As apresentações são completas, com direito a bateria, guitarra, saxofone e teclado.
A reportagem do DC acompanhou a apresentação da banda argentina Cool Confusion na alameda entre o Banco do Brasil e a Catedral Metropolitana, na praça XV de Novembro. Em Florianópolis desde o fim de dezembro, o grupo faz três shows por semana naquele local e pretende ficar por aqui até o dia 29 de janeiro.
— Queríamos conhecer a cidade. É um lugar diferente daquilo que estamos acostumados — comenta o guitarrista Fabrício Giannone, que não quis informar o valor médio que o grupo consegue recolher por apresentação na praça. À noite, os músicos fazem shows em casas noturnas da Capital.
Para a assistente social Judizeli Baigorria, 26 anos, é uma boa surpresa andar pela cidade e presenciar música de qualidade.
— Não resisti e parei para ver eles se apresentarem — contou ela, sentada na escadaria na Catedral.
Conheça mais as bandas
Cool Confusion
Os músicos argentinos fazem uma mistura de ritmos, mesclando o reggae, o rock e o ska (gênero jamaicano) desde 2006. Ao todo, são 10 integrantes (uma mulher). O nome foi inspirado no hit homônimo da banda inglesa The Clash e que, segundo os membros, representa a essência da banda. "É a síntese do que somos", diz o guitarrista Fabrício Giannone.
Site: http://www.coolconfusion.com.ar/
Myspace: http://www.myspace.com/thecoolconfusionband
Facebook: http://www.facebook.com/coolconfusion
Banda Blame
Criada em 2007, o grupo de rock diz que gosta mesmo é de estar em contato direto com o público. "Hoje em dia, as bandas estão acomodadas com o uso da internet, principalmente. É uma ferramenta poderosa, mas nada vai substituir a interação ao vivo que temos com as pessoas, além dos shows convencionais", declara o vocalista Vinicius Rosa.
Site: http://musicasc.com.br/blamerock/
Facebook: http://www.facebook.com/BlameRock
Não Contém Glúten
Se caracteriza como um grupo com som alternativo ao que é tocado nas rádios, por isso foi batizada com esse nome. Criada em 2006, tem o trabalho musical disponível para download gratuito no site da banda. "A gente considera que essas músicas que tocam em Tvs e rádios são cheias de glúten, e a nossa não contém", brinca o vocalista e guitarrista Ted Pepito.
Site: http://www.ncgluten.com.br/
Facebook: http://www.facebook.com/pages/N%C3%A3o-Cont%C3%A9m-Gl%C3%BAten/208487565833392
Twitter: https://twitter.com/ncgluten
Somato
Eles sempre quiseram fazer música na rua. Isso se tornou realidade a partir de 2009, quando se juntaram para formar a banda. Já tocaram, inclusive, nas ruas de Amsterdam e Paris. "Na Europa, para evitar constrangimentos em países onde éramos visitantes, procurávamos pesquisar como funcionava", comenta violoncelista Thiago Gasparino.
Site: http://www.somato.art.br/
Facebook: http://www.facebook.com/Somato.Oficial
Twitter: https://twitter.com/somato_
CRISTIANO ANUNCIAÇÃO
Cool Confusion se apresenta no largo da Catedral Metropolitana
Foto:
Ricardo Wolffenbüttel
/
Agencia RBS
Grupo RBS Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - ©
2009
clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.