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 | 03/01/2013 15h16min

Fatboy Slim fala sobre show da turnê que apresenta nesta quinta, em Balneário Camboriú

Big Beach Boutique terá única apresentação no Brasil, nos moldes da versão inglesa

Paula Minozzo  |  reportagem@diario.com.br

Santa Catarina foi escolhida para receber o incrível Big Beach Boutique, nesta quinta, em Balneário Camboriú. O projeto de Fatboy Slim é famoso por reunir multidões insanas à beira de praias pelo mundo inteiro. No Brasil, a apresentação será única. A presença do DJ já não é novidade por aqui, todos sabem do seu amor pelo país, o quanto ele ama voltar e que todo esse carinho é recíproco.

Não importa quantas vezes ele venha, a galera sempre lota seus shows e coloca as mãos para cima, enlouquecida, quando escuta seu maior hit, Put Your Hands Up for Brazil. Conversamos por telefone com Norman Cook, vulgo Fatboy.

Confira a entrevista:

A Big Beach Boutique começou em 2001, em Brighton, no Reino Unido. Desde então, o que mudou?
Fatboy Slim - Começou em Brighton, minha cidade natal, mas que não tem uma praia muito bonita - são muitas pedras. Desde então, estamos fazendo a festa em locais mais praianos, como Japão e Brasil. A primeira vez que fizemos aí foi depois de todo mundo ter visto o DVD da segunda festa em Brighton. Aliás, todos me conhecem por causa desse DVD. Uma coisa que você nota é que tem uma plateia imensa e nada muito espetacular, sou apenas eu tocando em frente a uma multidão. A partir de agora, é como um show, com muitas luzes, fumaça e explosões. O espírito continua o mesmo, mas a produção envolvida é muito melhor e maior.

Você nota mudança no tipo de público ou na idade de quem frequenta a festa? Os fãs mais velhos continuam indo ou está havendo uma renovação?
Fatboy -
 Eu vejo pessoas jovens querendo fazer festa. A música mudou de alguns anos para cá, mas o público não parece mudar: são pessoas da mesma idade, que querem a mesma coisa.

Em relação às músicas: você está tocando mais hits do que propriamente produções suas. Por que isso?
Fatboy - Eu tenho atuado mais como DJ e não como um artista que está promovendo um novo álbum ou tentando vender música. Obviamente, tenho de tocar alguns dos meus hits, mas basicamente toco o que é novo, atual e faz as pessoas dançarem.

Entre os seus hits, por aqui, Put Your Hands Up for Brazil deve ser o mais requisitado.
Fatboy - Eu amo como os brasileiros são tão orgulhosos de seu país. Se você falasse put your hands up for England, as pessoas diriam: "Não é bem assim, tem muito desemprego e outros problemas". Enfim... No Brasil, as pessoas colocam suas mãos para cima pelo país, e é muito legal de ver esse orgulho. Vocês têm bons motivos.

O boato sempre foi de que você gostaria de morar aqui no Brasil um dia. Isso é verdade?
Fatboy - Morar, não sei, mas é definitivamente o lugar em que mais gosto de tocar. É onde fica meu público favorito, por isso, volto sempre. Eu pensei em comprar uma casa aqui há algum tempo, anos atrás, mas é muito longe e o português também é muito difícil de aprender.

Você já teve oportunidade de ir a algum jogo de futebol aqui?
Fatboy -
 Eu sempre toco no período do Carnaval, fora da temporada dos campeonatos, então, não. Mas estarei na Copa do Mundo: vou tocar e curtir os jogos.

Você tem mais de 25 anos de carreira. Como era ser DJ antes deste boom todo da internet?
Fatboy - A internet abriu o mundo. Demorou cinco anos para eu construir uma reputação no Brasil e, agora, tudo acontece em minutos. Eu nunca tinha ido a Bali, por exemplo, mas, quando toquei lá, as pessoas já sabiam o que esperar.

Além de tocar, quais os lugares ou coisas que você quer conhecer durante a viagem ao Brasil?
Fatboy - Eu não costumo ter muito tempo, mas, se tiver, vou tentar ir a algum lugar bonito. Ano passado, passei alguns dias em Búzios e amei. Honestamente, a maior parte do tempo eu trabalho e, se não estou trabalhando, estou comendo. Prefiro comer a ficar na praia. (risos)

É um fenômeno global, mas aqui no Brasil, especialmente, muitas celebridades atacam de DJ. Como você, como um dos maiores produtores e DJs de todos os tempos, enxerga isso?
Fatboy - Eu não reclamo. O engraçado sobre celebridades DJs é que elas não são muito boas. Bons DJs são bons DJs, sempre teremos nosso emprego, independentemente de quantas pessoas tentem fazer o que fazemos. Eu não ligo, apenas aceito o fato de que muito mais gente quer ser DJ hoje do que quando comecei.

No decorrer da sua carreira, você readaptou sua rotina de shows e até parou de beber. Como funciona hoje?
Fatboy - Nos primeiros 21 anos, eu fazia muita festa, ficava acordado a noite inteira e isso começou a doer - especialmente quando você fica mais velho. Mas, durante as viagens, a tecnologia torna as coisas mais fáceis. Quando tenho saudade, falo com minha esposa e família pelo Skype. Viajar se tornou muito mais fácil. Quando comecei, não havia nem celular. Então, ultimamente, não é difícil, desde que você lembre de ir dormir depois do show.

Falando em celular, qual o toque do seu? Alguma música?
Fatboy -
 Eu tenho um celular muito antigo, a única coisa que ele faz é tocar. Não faz mais nada além de receber e fazer ligações.

Nem as redes sociais ou a internet você acessa pelo telefone?
Fatboy - Eu adoro várias coisas sobre a internet, mas mídias sociais não são muito minha praia. Uso Facebook e Twitter para mandar mensagens para os fãs, mas não coloco nada pessoal lá.

Sobre o Big Beach Boutique

O evento será realizado pela primeira vez no Brasil, na Barra Sul, em Balneário Camboriú. Esta será a única apresentação do projeto no país ao ar livre e à beira-mar, ou seja, nos mesmos moldes da tradicional versão inglesa. O espaço será montado no formato de arena e contará com três áreas: pista, camarotes e backstage. Os ingressos estão à venda no site ingressonacional.com.br.

Agende-se
O quê:
Fatboy Slim – Big Beach Boutique
Quando: hoje, a partir das 17h
Onde: Barra Sul, Balneário Camboriú, Santa Catarina
Quanto: pista, a partir de R$ 120 (feminino) e R$ 160 (masculino); camarote, R$ 300 (feminino), camarote masculino esgotado; backstage R$ 300 (feminino) e R$ 350 (masculino),em www.ingressonacional.com.br.
Mais informações: (47) 3360-8097
Indicação: 18 anos

DIÁRIO CATARINENSE
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