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Itapema FM  | 21/11/2012 17h57min

Academia Catarinense de Letras vota alteração do estatuto para facilitar a entrada de novos membros

Atualmente, para se eleger um novo membro é necessária a maioria absoluta na votação

Roberta Ávila  |  roberta.avila@diario.com.br

Depois de quatro eleições fracassadas, das quais nenhum imortal foi eleito, a Academia Catarinense de Letras (ACL) pretende mudar seu estatuto na reunião do dia 26, próxima segunda-feira. Atualmente, para se eleger um novo membro para as cadeiras vagas é necessária a maioria absoluta na votação, ou seja, um candidato precisa ter 50% mais um voto.

Confira quem são os candidatos à ACL

São 40 cadeiras no total e atualmente cinco delas estão vagas, o equivalente a 12% do total de membros.

– Queremos alterar o estatuto para que a maioria simples dê vitória a um candidato. Existe um consenso entre os membros de que isso é necessário. O que acontece é que temos muitas cadeiras em aberto e muitos candidatos. As nossas reuniões e eleições são concorridas, na última tivemos mais de 20 pessoas presentes e os que não puderem comparecer mandaram votos pelo correio, o que é permitido, mas a burocracia da eleição faz com que não consigamos eleger novos membros – explica Mário Pereira, vice-presidente da ACL.

Além disso, ressalta Mário, a Academia perdeu cinco membros nos últimos dois anos – Oswaldo Ferreira de Melo, Jair Hamms, Sylvia Amélia Carneiro de Cunha, José (Chico) Pereira e Iaponan Soares. Quatro deles em sete meses, entre janeiro e julho deste ano.

– Morreu muita gente. Foi um depois do outro, uma coisa muito triste – relembra Mário.

A vaga de um imortal não é reaberta para eleição assim que a pessoa morre. O estatuto estabelece que antes é necessário fazer uma “sessão saudade”, em que o falecido é relembrado e um orador faz um discurso. A família do homenageado comparece e somente ao final o presidente declara aberta a vaga. Isso se soma à dificuldade de eleger um novo candidato com maioria absoluta, pois existe a necessidade de organizar a agenda dos envolvidos para a sessão saudade, o que faz com que o processo às vezes se estenda. A sessão para Oswaldo Ferreira de Melo, que morreu em 17 de fevereiro de 2011, foi realizada apenas em 31 de março de 2012, mais de um ano depois. Entre os cinco membros da ACL que morreram, apenas três já tiveram a cadeira disponibilizada para eleição.

Segundo o vice-presidente, novas eleições só devem ser feitas a partir de março de 2013. A ACL entra em recesso acadêmico em dezembro.

DIÁRIO CATARINENSE
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