Após um hiato de quatro anos, Porto Alegre recebe novamente Richard Clayderman. Pianista e arranjador, o francês de 58 anos se apresenta ao lado de músicos brasileiros nesta sexta-feira (5/10), às 21h, no Teatro do Sesi. Entre as canções que não devem faltar em seu repertório, estão Letter to my Mother, My Way, Unchained Melody, La Vie en Rose, Perhaps Love e o hit mundial Ballade pour Adeline. Por e-mail, Clayderman conversou com o Segundo Caderno, confira:

Zero Hora — Como será o show desta sexta-feira à noite em Porto Alegre?
Richard Clayderman — Apresentarei-me com uma orquestra brasileira, composta de músicos de altíssima qualidade, com os quais estou muito ansioso para tocar. O repertório será um mix de canções românticas e temas famosos de filmes, além de um ou dois números clássicos e uma ou duas peças de jazz, claro. Também tocarei algumas surpresas, já que o objetivo do show é fazer uma mistura de temas emocionantes e felizes. Espero que as pessoas gostem.

ZH — Podemos esperar canções brasileiras no repertório?
Clayderman — Esta turnê brasileira foi decidida poucos dias atrás, e eu não tive tempo de praticar algumas das minhas músicas brasileiras favoritas. Prometo que, da próxima vez que vier ao Brasil, tocarei algumas.

ZH — Você tem planos de variar seu trabalho buscando novas influência, gravando canções diferentes daquelas que tem gravado nos últimos anos?
Clayderman — Tudo pode acontecer, porque estou sempre procurando melodias bonitas, que agradem aos ouvidos e ao coração.

ZH — Que tipo de público você acredita atrair hoje? Acha que sua audiência tem se renovado?
Clayderman — Em muitos países como China, Japão e outros da Ásia, minha audiência consiste em pessoas jovens, de meia-idade e até de gerações mais velhas, enquanto, na Inglaterra e na Alemanha, o público é limitado à velha guarda. No Brasil, eu realmente não sei. Depois do show, eu lhe digo (risos).

ZH — Você tem quase 40 anos de carreira, tocando basicamente peças eruditas e trabalhando temas populares ao piano. Olhando em retrospectiva, como avalia este tempo de estrada?
Clayderman — De fato, quando comecei minha carreira, não esperava que as pessoas respondessem à minha música em tantos países do globo. Eu não poderia imaginar que milhões de jovens se tornassem amantes de piano e fãs de pianistas.

RICHARD CLAYDERMAN
> Nesta sexta-feira (5/10), às 21h. Duração: 90 minutos. Classificação: livre.
> Teatro do Sesi (Assis Brasil, 8.787), fone: (51) 3347-8787.
> Onde estacionar: estacionamento terceirizado no local a R$ 12.
> Ingressos: R$ 120 (mezanino), R$ 180 (plateia alta) e R$ 220 (plateia baixa) à venda na bilheteria do teatro a partir das 19h.