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Itapema FM  | 17/09/2012 14h33min

Exposição 'À Deriva' vai começar nesta terça-feira em Joinville

Mostra faz parte do projeto Rumos Artes Visuais e traz 37 obras de 17 artistas para a Cidadela Cultural Antarctica

Três músicos tocam instrumentos preparados com papel e carbono e, ao mesmo tempo em que executam a música, as folhas vão registrando desenhos. Depois da apresentação, as ações gráficas são expostas para o público. O trabalho de Guilherme Dable, intitulado "Tacet", é apenas uma das obras da exposição "À Deriva", que chega à Joinville nesta terça-feira, às 19h30, e permanece nos anexos 1 e 2 da Cidadela Cultural Antarctica até 4 de dezembro. A partir de quarta-feira, a visitação está aberta ao público.

A mostra é um recorte da exposição "Convite à Viagem", do Rumos Artes Visuais 2011/2013, realizada em São Paulo, e faz parte da programação da Primavera dos Museus. A mostra completa foi realizada em fevereiro deste ano com mais de cem trabalhos de 45 artistas de todo o Brasil. A partir disso, ela foi dividida em quatro recortes. Após passar por duas capitais, "À Deriva" chega a Joinville com 37 obras de 17 artistas e, ainda neste ano, passa por Recife, para depois ser novamente toda reunida no Rio de Janeiro em março de 2013. Segundo o curador Felipe Scovino, "À Deriva" mostra a violência, a falência e o confrontamento.

— São trabalhos que, em sua maioria, esbarram na violência. Tem a explícita e a que se aproxima da docilidade, do suave, do quase infantil —, explica.

No anexo 1 da Cidadela Cultura, estão presentes as obras ligadas a esse tema. O trabalho de abertura é "Quando Todos Calam", da paraense Berna Reale. É uma performance com fotografia onde ela aparece deitada nua, coberta com carne crua e cercada por urubus. No anexo 2, os trabalhos mostram a ideia de falência, como a obra de abertura "Nova República", do paulista Adriano Costa. Ele apresenta um mastro voltado para baixo, com a bandeira representada por um cobertor, o que dá a ideia de um território abalado.

Para o artista joinvilense e um dos curadores viajantes da exposição, Carlos Franzoi, a chegada da exposição em Joinville pode ser considerada como um divisor de águas.

— O Rumos é um dos principais programas do País. Mostra que a cidade está no caminho certo ao conseguir fazer essa ponte entre Joinville e o Brasil. Disputamos com Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná, e fomos escolhidos principalmente pelo espaço físico, o trabalho da curadoria e pela gestão cultural —, conta.

Na quarta-feira, a partir das 19 horas, ocorre o bate-papo entre os curadores Felipe Scovino, Sanzia Pinheiro e Júlio Martins. O objetivo é discutir os conceitos da linha curatorial, além de falar sobre a institucionalização da arte. A participação é aberta ao público, mas as vagas são limitadas e por ordem de chegada.

— É muito difícil termos fóruns, centros de discussão que falem sobre crítica de arte e curadoria. Estou super feliz de estar em Joinville e esperançoso de que a comunidade artística da cidade venha prestigiar a exposição —, conta Scovino. 

A NOTÍCIA
Pena Filho / Agencia RBS

Obra "Sem Título (Ânsia)" é uma das 37 em exposição e aborda a violência física e psicológica
Foto:  Pena Filho  /  Agencia RBS


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