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Itapema FM  | 21/08/2012 16h29min

Lançamento de três livros marca reedição da obra de Quintana

Até 2013, todos os livros do poeta serão republicados em projeto organizado por Italo Moriconi

Carlos André Moreira  |  carlos.moreira@zerohora.com.br

Se a medida da importância e da longevidade de um autor fosse unicamente a circulação de sua obra, Quintana não teria do que se queixar. Depois de décadas na Globo, seus livros serão relançados pelo selo Alfaguara, da Objetiva. É a terceira vez no intervalo de uma década que a obra do poeta será republicada na íntegra.

Em 2005, para antecipar as comemorações do centenário de nascimento do poeta, completado em 2006, a Globo, editora que deteve por décadas os direitos de publicação da obra do autor, relançou todos os livros, com um trabalho de fixação de texto e organização efetuado pela professora de letras da UFRGS Tânia Franco Carvalhal – responsável também por outra edição do mesmo material em um único volume, nas Obras Completas da editora Nova Aguilar. Agora, a Alfaguara entrega a tarefa ao carioca Italo Moriconi.

A nova edição não segue a ordem cronológica. No pacote de três livros que inauguram a coleção, um deles condensa as três primeiras obras publicadas por Quintana nos anos 1940 – Canções (1946), Sapato Florido (1948) e A Rua dos Cataventos (1940). Os outros lançamentos são dos anos 1970: Apontamentos de História Sobrenatural (1976) e A Vaca e o Hipogrifo (1977).

– Creio que é necessária uma maior visibilidade dessa consistência poética dos últimos livros do Quintana – explica Moriconi

>>> Leia a entrevista com Italo Moriconi no blog Mundo Livro

De fato, as obras de Quintana mais vezes incluídas em coletâneas sempre foram as primeiras – reflexo de um trabalho realizado pelo próprio poeta ao organizar, em 1962, uma coletânea com seus cinco primeiros livros, Poesias, tratada por muito tempo como
referência para outras compilações.

Esta coletânea não está no pacote de relançamentos, mas o próprio Italo Moriconi fará uma nova antologia intitulada Quintana Essencial, com publicação prevista para novembro.

– É um trabalho difícil. O que é essencial em Quintana quando tudo em sua obra parece completamente essencial? Você não tem poema ruim no Quintana. Ele tinha muito controle sobre o que saía da gaveta dele. Esse mito do Quintana como um poeta intuitivo, espontâneo, é completamente errado, ele trabalhava muito bem seus livros – diz Moriconi.

O cronograma de relançamentos prossegue com publicação, em outubro, de um volume que condensa outros dois livros mais antigos de Quintana, O Aprendiz de Feiticeiro (1950) e O Espelho Mágico (1951). Dando continuidade à alternância entre obras mais antigas e mais recentes, A Cor do Invisível (1989) também será republicado no mesmo lote.

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