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 | 02/08/2012 02h24min

Nem tudo é cor-de-rosa

Em coletiva no Rio, Katy lembrou momento difícil no Brasil

Tietagem, gritaria, impaciência. Dezenas de adolescentes estavam desde domingo à noite de vigília esperando por uma aparição de Katy Perry na frente do hotel de luxo onde a popstar hospedou-se no Rio.

A cantora americana – que, segundo a produção do evento, só trabalha quatro horas por dia – chegou 50 minutos atrasada para a conversa com os jornalistas na segunda-feira à tarde sobre o filme Katy Perry: Part of Me.

De cabelo preto e vestido retrô comportado fechado até a gola (“Valentino, mas é alugado”, como fez questão de esclarecer), Katy pediu desculpas por não ter sido pontual, culpando os fãs pelo barulho – que não a deixou dormir direito e a acordou às 5h30min desta segunda:

– Mas eu amo isso, eles me mantêm wide awake (brincadeira com sua música Wide Awake, que significa “bem acordada”). Os brasileiros são muito apaixonados, não sei o que tem na água daqui. Eles são os mais dedicados, nunca tive outros iguais. A minha timeline no Twitter está sempre repleta de respostas em português. No filme, vocês podem ver que os brasileiros me apoiaram em um momento em que estava precisando. Sempre voltarei ao Brasil.

É a segunda vez que a cantora vem ao Brasil, onde esteve pela primeira vez em 2011, para participar do Rock In Rio e se apresentar em São Paulo. Katy revelou que fez questão de mostrar no longa sua reação ao fim do relacionamento com o ator inglês Russell Brand:

– Foi minha ideia, porque, se vocês tivessem visto (o filme) sem o divórcio, iriam se perguntar: “O que ela está escondendo?”, e eu não me escondo. Não é legal me ver triste e chorando nas cenas, mas gosto de apontar o elefante na sala. O filme é sobre superar obstáculos, e isso aparece. Era importante manter, porque isso é o que eu sou. Você vê eu subindo no elevador umas três vezes. Isso é simbólico para mim: Eu tinha que subir. O filme é sobre isso.

Brincalhona, comentou o visual comportado adotado na coletiva:

– Acho que estou voltando às minhas raízes. Repare no meu cabelo. Ele é muito simbólico para mim na minha vida. Em termos de moda, sofro de uma desordem de múltipla personalidade.

Katy disse ainda que o material do filme foi editado a partir de mais de 300 horas de imagens – mas que o principal mesmo está lá na tela:

– Sempre quis fazer esse filme pessoal, mas não sabia que teriam tantas coisas pessoais que aconteceriam naquele ano. Decidi manter algumas coisas que eram mais difíceis para eu assistir, talvez para ajudar pessoas que estivessem na mesma situação. Lidei com tudo com a delicadeza possível. O filme é uma parte de mim, não a parte inteira. Não queria que fosse um filme em que os fãs dissessem apenas “Olha, ela gosta de cor-de-rosa e de gatos”. Nem gosto mais de rosa...

ROGER LERINA
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